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UFMG diz que não conseguirá fechar as contas de 2022 se bloqueio de verbas não for revisto

Impacto estimado com corte de recurso gira entre R$ 7,6 milhões e R$ 10 milhões no orçamento de 2022

Impacto de cortes orçamentários pode chegar a R$ 10 milhões para a UFMG

O corte de verbas anunciado nesta semana pelo Ministério da Economia na área da Educação pode gerar um impacto entre R$ 7,6 milhões e R$ 10 milhões nas contas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o que impedirá a instituição de pagar suas despesas neste ano.

O alerta foi dado nesta quarta-feira (30) pela reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart Almeida, que detalhou o cenário preocupante para os cofres da instituição.

“Fomos surpreendidos com esse novo bloqueio, efetivado no exato momento em que a seleção brasileira de futebol jogava contra a Suíça [segunda-feira, 28 de novembro]. Recolheram tudo o que as universidades tinham para empenhar ou para fazer permuta de capital para custeio no último momento da execução orçamentária”, lamentou Sandra. Ele afirmou que ainda “não há clareza em relação a valores, mas já estamos nos movimentando para reverter esse cenário”.

O anúncio dos cortes teve grande repercussão entre as instituições federais de ensino no início da semana. O Ministério da Educação informou que recebeu uma notificação do Ministério da Economia sobre os bloqueios e que mantém tratativas para buscar alternativas e soluções.

Por meio de nota, a UFMG informou que esse foi o terceiro bloqueio de verbas sofrido pelas universidades em 2022, cortes que se repetem nos últimos anos. “Nos últimos anos, nossos orçamentos têm sofrido reduções recorrentes. O orçamento da UFMG, previsto para 2022, já era insuficiente, sendo 7,43% inferior ao de 2020 e semelhante ao executado em 2008, anterior à expansão da nossa graduação”, afirma a reitora.

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.