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Infecções virais e dentes fraturados ou apinhados aumentam risco de gengivite felina

Com cuidados preventivos e acompanhamento profissional, é possível controlar a gengivite e garantir uma vida longa e saudável para o gato, aponta veterinário

A atenção diária é determinante para evitar que a gengivite evolua para condições mais graves

A gengivite felina é uma inflamação das gengivas que pode comprometer não apenas a boca, mas a saúde geral do gato.

Identificar sinais precoces e adotar cuidados preventivos é o que todo tutor responsável deve fazer para evitar que a condição evolua para problemas mais graves, como periodontite, perda dentária ou comprometimento do sistema imunológico.

De acordo com o veterinário Marcelo Tacconi, da Cobasi, “a gengivite felina nada mais é do que uma inflamação das gengivas do gato, que pode gerar sangramento, lesões e até perda dentária”.

Esse tipo de inflamação pode ter múltiplas origens, como o acúmulo de placa bacteriana, doenças sistêmicas e problemas dentários. Segundo a Petz, “a saúde bucal do gato está diretamente ligada à sua saúde geral; problemas na boca podem agravar doenças em outros órgãos”.

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Apesar de comum, a doença muitas vezes passa despercebida, pois gatos escondem dor e desconforto. Por isso os tutores devem estar atentos aos sintomas e causas da gengivite.

Entre os fatores que aumentam o risco estão infecções virais (como calicivírus felino e leucemia felina), dentes fraturados ou apinhados, alterações imunológicas e doenças metabólicas ou renais.

O tratamento depende da gravidade, mas medidas preventivas podem reduzir riscos e melhorar a qualidade de vida do felino. Segundo especialistas, a atenção diária é determinante para evitar que a gengivite evolua para condições mais graves.

Conheça os cuidados recomendados para gatos com gengivite ou em prevenção:

  • Escovação regular dos dentes com produtos específicos para felinos;
  • Consultas periódicas ao veterinário para avaliação da saúde bucal;
  • Limpezas profissionais quando indicadas pelo especialista;
  • Alimentação balanceada, incluindo rações que auxiliem na higiene dental;
  • Observação da boca para detectar gengivas avermelhadas, sangramento, mau hálito ou lesões;
  • Tratamento imediato de doenças sistêmicas que podem favorecer inflamações bucais;
  • Evitar soluções caseiras sem orientação profissional, que podem agravar o quadro.

Conforme reforça o veterinário Marcelo Tacconi, “com cuidados preventivos e acompanhamento profissional, é possível controlar a gengivite e garantir uma vida longa e saudável para o gato”.

Jessica de Almeida é repórter multimídia e colabora com reportagens para a Itatiaia. Tem experiência em reportagem, checagem de fatos, produção audiovisual e trabalhos publicados em veículos como o jornal O Globo e as rádios alemãs Deutschlandfunk Kultur e SWR. Foi bolsista do International Center for Journalists.