A raiva é uma das zoonoses mais antigas e temidas do mundo, conhecida pela sua letalidade e pela possibilidade de transmissão direta aos seres humanos.
A doença é frequentemente associada aos cães, mas os gatos também estão suscetíveis a essa infecção viral, especialmente aqueles que circulam livremente em ambientes externos.
No Brasil, a doença é considerada um grave problema de saúde pública, com campanhas de vacinação realizadas anualmente pelo poder Executivo para conter sua disseminação entre os animais domésticos e, consequentemente, proteger a população humana.
De acordo com o Ministério da Saúde, “a vacinação anual de cães e gatos é eficaz na prevenção da raiva nesses animais, o que consequentemente previne também a raiva humana”.
A conscientização sobre os riscos da raiva felina e a adoção de medidas preventivas são urgentes, principalmente diante de mudanças comportamentais nos felinos que podem indicar a presença da infecção.
Sendo assim, conhecer os sintomas, formas de prevenção e cuidados recomendados é garantir a segurança dos animais e das pessoas que convivem com eles.
Além disso, a vigilância epidemiológica e o controle da circulação de animais potencialmente transmissores, como morcegos, são estratégias que complementam a prevenção, conforme ressaltam órgãos de saúde.
A raiva em gatos apresenta sintomas variados, que podem incluir mudanças de comportamento, como agressividade ou apatia; salivação excessiva; dificuldade para engolir; espasmos musculares e convulsões; e desorientação e fotofobia (aversão à luz).
O diagnóstico definitivo da raiva só pode ser realizado após a morte do animal, por meio de exames laboratoriais específicos.
Mas diante de sintomas compatíveis e histórico de possível exposição, o médico-veterinário pode presumir a infecção e recomendar medidas de precaução.
Prevenção e cuidados essenciais
A vacinação é a principal forma de prevenção contra a raiva. Em muitas cidades brasileiras, campanhas de vacinação gratuitas são realizadas periodicamente.
Gatos devem receber a primeira dose da vacina antirrábica entre três e quatro meses de idade, com reforços anuais, aponta a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais.
O órgão destaca que “a vacinação é a melhor forma de prevenir a difusão da raiva e os animais domésticos devem ser vacinados pelo menos uma vez por ano”.
Além da vacinação, é importante adotar outras medidas preventivas, como:
- Manter o gato em ambientes seguros, evitando o acesso à rua;
- Instalar telas de proteção em janelas e varandas;
- Evitar o contato do animal com outros animais de procedência desconhecida;
- Levar o gato ao veterinário regularmente para check-ups e atualização do calendário de vacinas.
Caso o gato seja mordido por outro animal ou apresente sintomas suspeitos, o tutor deve procurar atendimento veterinário imediatamente.