A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) iniciou, na última semana, a Operação Amparo, com ações em todo o estado no contexto do Agosto Lilás — mês voltado ao enfrentamento da violência contra a mulher. Em Mariana, o destaque foi o anúncio da futura implantação de um Núcleo Especializado de Atendimento à Mulher.
Segundo a corporação, a medida integra o projeto “PCMG Por Elas”, lançado em fevereiro deste ano, que estrutura ações de prevenção, acolhimento e repressão. O núcleo de Mariana fará parte de uma rede que já conta com unidades em Andradas, Lagoa Santa e Conceição das Alagoas, além das 70 Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deams) espalhadas pelo estado.
A Operação Amparo tem como foco a responsabilização de agressores e a ampliação da rede de proteção às vítimas. No primeiro dia de atuação, a Polícia Civil contabilizou 47 prisões, 88 mandados de busca e apreensão cumpridos e cerca de 600 visitas tranquilizadoras realizadas em diversas regiões. A operação contou com 600 policiais civis e 200 viaturas.
A corporação reforça a importância da denúncia de casos de violência, que podem ser registrados pelos telefones 180, 190, 197 e 181, presencialmente nas delegacias ou por meio da Delegacia Virtual. A orientação é para que qualquer forma de agressão — física, psicológica, moral, patrimonial ou sexual — seja formalmente denunciada.
Além das estruturas físicas, a PCMG mantém, em Belo Horizonte, a Casa da Mulher Mineira e o Núcleo de Combate ao Feminicídio, vinculado ao Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
De acordo com os dados da instituição, houve uma redução de 9,64% nos casos de feminicídio em Minas Gerais, com 75 ocorrências registradas em 2025, frente a 83 no mesmo período de 2024. A expectativa da Polícia Civil é de que a criação de novas unidades especializadas contribua para a ampliação do atendimento às vítimas e a diminuição dos índices de violência de gênero.