O Governo de Minas Gerais avançou na consolidação da educação digital ao homologar o Referencial Curricular de Computação na Educação Básica, que passa a integrar oficialmente o Currículo Referência de Minas Gerais (CRMG). A medida, formalizada pela Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG), estabelece diretrizes pedagógicas para o ensino de computação, programação, cultura digital e inteligência artificial nas redes públicas de ensino.
Com a homologação, a Computação passa a ser incorporada de forma organizada ao currículo das escolas estaduais e municipais, em consonância com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e com a Política Nacional de Educação Digital. A iniciativa coloca Minas Gerais entre os estados que investem na preparação dos estudantes para os desafios tecnológicos e sociais do mundo contemporâneo.
A subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica da SEE-MG, Kellen Senra, destaca que o documento representa um avanço estratégico para a formação dos alunos. Segundo ela, o referencial complementa o currículo mineiro e orienta as redes de ensino sobre a abordagem estruturada da educação digital. A Secretaria já encaminhou o material aos municípios e anunciou ações de apoio para sua implementação.
O documento homologado ficará disponível para consulta das redes públicas, reforçando o regime de colaboração entre o Estado e os municípios. Além disso, está prevista uma agenda ampla de formação para educadores, com foco na preparação para o início da aplicação do novo referencial no ano letivo de 2026.
A partir de 2026, o Ensino Médio da rede mineira contará com o componente curricular Educação Digital, assegurando o desenvolvimento do pensamento computacional, da cultura digital e do uso ético e crítico das tecnologias. No Ensino Fundamental, a computação será trabalhada de forma transversal, integrada às diferentes áreas do conhecimento, permitindo uma evolução gradual das aprendizagens.
Para garantir a efetividade do novo currículo, a SEE-MG prepara ações de formação continuada para profissionais da rede estadual e suporte técnico-pedagógico às redes municipais. A proposta é assegurar que a educação digital seja implementada com qualidade, equidade e foco no desenvolvimento integral dos estudantes.