O Barroco mineiro é um dos períodos mais marcantes da história da arte brasileira.
Caracterizado pelo estilo artístico que floresceu em Minas Gerais durante o século XVIII, especialmente em cidades como Ouro Preto, Mariana, Congonhas e Sabará, o movimento foi influenciado pela estética barroca europeia, mas ganhou uma identidade própria, adaptada às condições e à cultura local, sendo profundamente marcado pela religiosidade.
Dentro desse contexto, Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho, destaca-se como um dos maiores nomes da arte barroca mineira, sendo considerado um dos maiores escultores do Brasil colonial.
As obras de Aleijadinho apresentam características únicas, como movimento, espírito teatral e a ausência de limites. Elas também incorporam elementos do rococó, com formas ornamentais e decorativas.
O artista utilizava principalmente madeira e pedra-sabão para suas esculturas, e seus trabalhos se destacam pelo planejamento anguloso, expressivo e detalhista.
Anjos no frontispício da Igreja de São Francisco de Assis, esculpidos por Aleijadinho
No final de sua vida, Aleijadinho sofreu de uma doença degenerativa que lhe causou dificuldades para trabalhar e deformações físicas.
Hoje, 18 de novembro, o legado do artista é relembrado, marcando os 210 anos de seu falecimento.
Para celebrar sua memória, a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição e o Museu do Aleijadinho realizam a 45ª Semana do Aleijadinho, em homenagem ao mestre barroco.
Mauro Amorim, coordenador da 45ª Semana do Aleijadinho, anunciou que, no dia 18 de novembro, será celebrada uma Santa Missa às 19h, presidida por Dom Edmar José da Silva, na Igreja Nossa Senhora da Conceição, projetada por Manuel Francisco Lisboa, pai de Aleijadinho. Após a cerimônia, será inaugurada uma estátua do próprio Aleijadinho, doada pelo artista Elias Layon, que integrará o acervo do Museu do Aleijadinho, localizado dentro da Paróquia.