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Itabirito (MG) recebe a 22ª edição do Festival ‘Tudo é Jazz’

Festival acontece na semana da Consciência Negra, em tributo a Pixinguinha, ‘o rei do choro’, e Ray Charles, um dos gênios do soul; confira a programação gratuita

Clarinetista e cantora Thamiris Cunha

O Festival ‘Tudo é Jazz’, teve início em Ouro Preto com o objetivo de democratizar o acesso ao jazz, se expandiu após a pandemia para diversas cidades de Minas Gerais. Com 22 edições realizadas, o evento se consolidou no cenário musical, promovendo a fusão do jazz com outros estilos e reunindo músicos nacionais e internacionais.

Até o momento, mais de 1.600 músicos participaram do festival, que se tornou um dos principais eventos de jazz do Brasil. Em 2024, o festival passou por cidades como Ouro Preto, Belo Horizonte, Congonhas.

Entre os dias 22 e 24 de novembro, Itabirito recebe a 22ª edição do evento, com curadoria do pianista Gustavo Figueiredo e direção geral de Rud Carvalho.

O Festival Tudo é Jazz 2024 em Itabirito é uma homenagem aos músicos Ray Charles e Pixinguinha, dois ícones da música brasileira e internacional que serão celebrados ao longo da programação, com apresentações, tributos e uma exposição de desenhos do estilista belo-horizontino Ronaldo Fraga. Fraga também é responsável pela identidade visual do evento e compartilhará sua visão dos dois ícones da música por meio de desenhos espontâneos, com forte carga emocional.

Confira a programação do Festival Tudo é Jazz:

22/11 (Sexta-feira)
19h30 – Apresentação do curta-metragem “Do Barroco ao Barraco – Do apogeu do barroco aos barracos da cidade. Uma trajetória preta”
21h – Tributo a Pixinguinha com Thamiris Cunha e Regional do Choro

23/11 (Sábado)
19h30 – Velino
20h30 – Léo e Fla
22h – Ray Charles Forever - Daniel Lima Quarteto

24/11 (Domingo)
19h – André Vitorino Quarteto
20h30 – Carla Sceno

O evento é gratuito e será realizado na Praça do Centenário.

A realização do festival é da Alce – Associação Livre de Cultura e Esporte, com patrocínio de Gerdau, Cemig, Brasilcap e Farid Supermercados, além do apoio da Prefeitura Municipal de Itabirito.

PIXINGUINHA - O REI DO CHORO:

Alfredo da Rocha Vianna Filho, ou Pixinguinha, nasceu em 4 de maio de 1897 no Rio de Janeiro. Foi um dos fundadores do chamado MPB urbano e o rei do ‘chorinho’.

O ‘choro’, popularmente apelidado de ‘chorinho’, é um gênero musical brasileiro, nascido no século XIX, e é o coração do samba e da cultura brasileira. O ‘choro’ é caracterizado por uma musicalidade melancólica e expressiva, sendo geralmente tocado por um grupo instrumental com instrumentos como flauta, violão, cavaquinho, pandeiro, clarinete, entre outros.

O choro foi um dos primeiros estilos urbanos brasileiros a incorporar instrumentos de orquestra, como o violão e o clarinete. Com isso, o choro criou uma fusão de ritmos, tornando-se uma base importante para o surgimento do samba e tendo uma influência significativa no jazz.

No dia de seu aniversário, o Governo Brasileiro instaurou o “Dia Nacional do Choro” como forma de homenageá-lo.

Pixinguinha

RAY CHARLES - PIONEIRO DO SOUL:

Dono de hits como “Hit the Road Jack” e “I’ve Got a Woman”, Raymond Charles Robinson, ou Ray Charles, nasceu em 23 de setembro de 1930 em Albany e foi considerado um dos músicos mais influentes e inovadores do século XX — um gênio da musicalidade americana.

Era pianista e cantor de música soul. Ray Charles ajudou a definir o formato do soul ainda no fim dos anos 50, além de ser um dos responsáveis pela introdução do gospel nas músicas de R&B.

Cego aos sete anos de idade em função de um glaucoma, Ray Charles revolucionou diversos gêneros musicais, como o blues, o jazz, o gospel, o country e a soul music. O artista foi uma das figuras mais importantes na transição da música popular no pós-Segunda Guerra Mundial.

Ray Charles

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Antônia Veloso tem 25 anos, é ouro-pretana e estudante de jornalismo na Universidade Federal de Ouro Preto. Se interessa por diversas temáticas, como jornalismo cultural, jornalismo político e jornalismo econômico.