Manter os colaboradores protegidos contra doenças é um passo estratégico para qualquer empresa que valorize saúde e produtividade. De acordo com Luciana Soares Souza, coordenadora do Núcleo de Imunização do Sesi-MG, elaborar um calendário vacinal eficiente exige planejamento, acompanhamento contínuo e integração com a Medicina do Trabalho.
Critérios essenciais para um calendário vacinal corporativo
Segundo Luciana, a elaboração do calendário deve partir do mapeamento do perfil dos colaboradores. “É importante considerar faixa etária, comorbidades, setor de atuação, riscos ocupacionais e histórico vacinal de cada colaborador”, afirma à Itatiaia.
Ela explica que as campanhas precisam respeitar os períodos ideais de cada vacina, como a aplicação da vacina contra a gripe antes do inverno, e incluir checagem periódica dos cartões de vacinação e lembretes para doses de reforço.
“Esse calendário deve ser elaborado pelos profissionais da Medicina do Trabalho, de forma integrada ao Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, garantindo atualização contínua e acompanhamento técnico adequado”, completa.
Quais vacinas devem estar no calendário
A seleção dos imunizantes varia conforme o perfil da equipe e o risco de exposição, mas algumas vacinas são mais recomendadas, segundo Luciana:
- Influenza (gripe) – anual, especialmente para ambientes fechados.
- COVID-19 – seguindo o calendário de reforço.
- Hepatite B – indicada para profissionais da saúde e alimentação.
- dTpa (difteria, tétano e coqueluche) – para áreas de saúde e educação.
- Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) – indicada para locais com grande circulação de pessoas.
- Febre amarela – em áreas endêmicas ou com exposição ao risco.
Luciana recomenda sempre seguir referências oficiais. “Para orientar esse processo, é essencial utilizar documentos como o Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde e o Guia para Vacinação Ocupacional da Sociedade Brasileira de Imunizações em parceria com a Associação Nacional de Medicina do Trabalho”, afirma.
Integração com saúde ocupacional e engajamento dos colaboradores
Para que o calendário seja eficaz, é fundamental integrá-lo ao Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e aos programas de prevenção de riscos ocupacionais, transformando a vacinação em uma ação contínua de promoção da saúde.
“Quando o calendário vacinal é incorporado ao PCMSO, podemos organizar campanhas com antecedência, monitorar os colaboradores vacinados e enviar lembretes para reforços. Isso aumenta a adesão e a eficácia das ações”, explica Luciana.
A adesão dos colaboradores também pode ser ampliada com medidas práticas. “Campanhas educativas, envolvimento das lideranças, divulgação das datas e locais, escalonamento por turnos e aplicação no próprio ambiente de trabalho são estratégias que facilitam o acesso e aumentam a participação”, orienta.
Benefícios do calendário vacinal atualizado
Para os colaboradores, o principal ganho é a proteção individual contra doenças e complicações graves. Para a empresa, os benefícios incluem redução de afastamentos, menor presenteísmo e aumento da produtividade. “Manter a equipe vacinada também demonstra a valorização das pessoas e ajuda a prevenir surtos, fortalecendo o clima organizacional e a retenção de talentos”, conclui Luciana.
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