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Como a manutenção preventiva garante eficiência e segurança em máquinas de mineração

Tecnologia, mão de obra e custos estão entre os principais desafios do setor, que depende da manutenção preventiva para garantir segurança e produtividade

Capacitação técnica e uso de novas tecnologias são fundamentais para aumentar a eficiência das operações

A manutenção de equipamentos fora de estrada, como caminhões, escavadeiras e carregadeiras utilizados na mineração, é um dos maiores desafios enfrentados pelas empresas do setor. Segundo o instrutor Mauro Lúcio Lopes, do Senai de João Monlevade, a atividade exige não apenas conhecimento técnico, mas também atenção a fatores humanos, tecnológicos, ambientais e econômicos.

Um dos principais pontos críticos está na formação da mão de obra. “Há necessidade de profissionais qualificados, proativos e engajados, principalmente no lado comportamental e de segurança. Como são funções específicas, muitas vezes o treinamento precisa ser feito dentro da própria empresa”, explica o instrutor à Itatiaia.

Além disso, o avanço tecnológico dos equipamentos traz novas demandas. “Máquinas modernas exigem pessoas e ferramentas compatíveis. A tecnologia disponível nem sempre acompanha a capacidade de uso e aplicação dentro das mineradoras”, observa Mauro.

A importância da manutenção preventiva

A ausência de manutenção preventiva pode gerar consequências diretas na operação. “Sem um planejamento adequado, a manutenção se torna um ‘mal necessário’”, comenta o instrutor. Ele destaca que, quando bem executada, a manutenção preventiva contribui para a segurança dos trabalhadores, a confiabilidade dos equipamentos e a redução de custos.

Segundo Mauro Lúcio, manter um cronograma de inspeções e reparos evita paradas inesperadas e amplia a vida útil das máquinas. “Sem manutenção preventiva, não há garantia de atingir as metas estabelecidas”, reforça.

Monitoramento e capacitação como aliados

Entre as práticas adotadas para aumentar a eficiência da manutenção estão sistemas de controle informatizados (PCM) e o uso de ferramentas de diagnóstico como termografia, ultrassom e análise de lubrificantes. Também são utilizadas técnicas de análise de vibração e métodos como o FEMEA (Análise dos Modos de Falha e seus Efeitos), que ajudam a identificar causas e prevenir falhas.

Para o instrutor, a capacitação contínua da equipe técnica é fundamental nesse processo. “Quando o profissional domina o que faz, atua de forma eficiente, consciente e proativa, reduzindo falhas e prolongando a vida útil dos equipamentos”, destaca.

Mauro Lúcio reforça ainda que a adoção dessas práticas fortalece o engajamento das equipes e melhora os resultados operacionais. “A busca pela melhoria contínua se reflete nos indicadores de desempenho (KPIs) das empresas, que comprovam a eficiência de um processo de manutenção bem estruturado”, conclui.

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Erem Carla é jornalista com formação na Faculdade Dois de Julho, em Salvador. Ao longo da carreira, acumulou passagens por portais como Terra, Yahoo e Estadão. Tem experiência em coberturas de grandes eventos e passagens por diversas editorias, como entretenimento, saúde e política. Também trabalhou com assessoria de imprensa parlamentar e de órgãos de saúde e Justiça. *Na Itatiaia, colabora com a editoria de Indústria.