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Por que Trump e Putin vão se encontrar no Alasca?

O território é um velho conhecido da Rússia, já que já foi um território de posse do país

Putin e Trump se encontrarão na Base Militar de Elmendorf-Richardson, no Alasca

Os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia, Donald Trump e Vladimir Putin, se encontrarão pela primeira vez desde o início da guerra da Ucrânia para discutir o conflito, nesta sexta-feira (15). A reunião será em Anchorage, no Alasca.

O território é um velho conhecido da Rússia, já que já foi um território de posse do país, mas foi vendido aos Estados Unidos no século XIX e incorporado oficialmente aos EUA em 1959.

O Alasca também desempenhou um papel importante e estratégico durante a Segunda Guerra Mundial e também durante a Guerra Fria.

A base militar de Elmendorf-Richardson foi o local escolhido para o encontro e é simbólico para os EUA, já que conta com mais de 5,5 mil militares e civis e demonstra poderio militar do país.

Por fim, o local também é bom para Putin, que é alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional, do qual os Estados Unidos não são membros. Indo ao Alasca, o russo precisa apenas cruzar o Estreito de Bering, sem a necessidade de passar por outro país.

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Reunião entre Trump e Putin

Nesta sexta-feira (15), por volta das 11h30 do horário local (16h30 em Brasília), Putin e Trump se encontrarão para discutir sobre a guerra da Ucrânia e outras questões de segurança internacional.

Antes do encontro com Putin, Trump conversou com líderes da União Europeia - com exceção da Hungria - e com Volodimir Zelensky, presidente da Ucrânia, para defender os interesses do país, por meio de uma videoconferência. A conversa foi ‘muito produtiva’, segundo Trump.

Essa será a primeira vez de Putin no Ocidente desde que ordenou a invasão à Ucrânia em fevereiro de 2022. Essa também será a primeira vez que um líder russo se encontra com um líder norte-americano desde 2021, quando Putin e o ex-presidente Joe Biden se encontraram em Genebra.

Condições para cessar-fogo

A Rússia segue atacando a Ucrânia, mesmo com as manifestações contrárias da comunidade internacional e com as conversas sobre um possível cessar-fogo. Putin já afirmou que deseja a paz, mas o governo não quer recuar quanto às suas exigências.

O Kremlin deseja que a Ucrânia ceda quatro regiões parcialmente ocupadas (Donetsk, Lugansk, Zaporizhzhia e Kherson), além da Crimeia, anexada em 2014. Além disso, Putin deseja que o país renuncie ao fornecimento de armas ocidentais e ao projeto de adesão à Otan.

As condições são ‘inaceitáveis’ para Kiev.

Jornalista formada pela PUC Minas. Mineira, apaixonada por esportes, música e entretenimento. Antes da Itatiaia, passou pelo portal R7, da Record.