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Museu de Auschwitz lança ferramenta contra negacionismo online

Iniciativa visa refutar argumentos que negam o Holocausto, um genocídio que resultou na morte de seis milhões de judeus europeus

Campo de concentração em Auschwitz

O museu do antigo campo de extermínio nazista de Auschwitz-Birkenau iniciou, nesta quarta-feira, uma campanha para combater o negacionismo nas redes sociais. A iniciativa visa refutar argumentos que negam o Holocausto, um genocídio que resultou na morte de seis milhões de judeus europeus.

A ferramenta online, chamada “Stop Denial” (Chega de Negacionismo), permite que usuários da internet contestem discursos negacionistas. O sistema utiliza documentos, fotografias, testemunhos e resultados de investigações históricas para fundamentar as refutações. Um manual orienta os usuários sobre como interagir com conteúdos negacionistas, indicando que se comente as mensagens e se direcione para o link do site “Stop Denial”.

Piotr Cywinski, diretor do museu, declarou que, no passado, poucos ousavam confrontar sobreviventes do Holocausto e contestar seus relatos. Ele ressaltou que, com o declínio do número de sobreviventes, “antissemitas, xenófobos e populistas levantam a voz”. Bartosz Bartyzel, porta-voz do museu, afirmou que “a melhor solução contra a desinformação é a informação”, e denunciou uma “onda de atividade negacionista” nas redes e no discurso público.

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Recentemente, o eurodeputado Grzegorz Braun, que foi candidato à presidência da Polônia neste ano, afirmou em entrevista que “Auschwitz e suas câmaras de gás são, infelizmente, falsos”. Em maio, o museu também alertou sobre publicações no Facebook com imagens falsas de vítimas do campo, criadas por inteligência artificial. O museu tem utilizado suas redes sociais para divulgar fotos e informações sobre as vítimas, com o objetivo de conscientizar sobre o Holocausto.

O campo de extermínio de Oswiecim (Auschwitz) foi construído pela Alemanha nazista após a ocupação da Polônia, durante a Segunda Guerra Mundial. O local se tornou um símbolo do genocídio, onde um milhão de judeus e mais de 100 mil não-judeus foram mortos entre 1940 e 1945.

Amanda Alves é graduada, especialista e mestre em artes visuais pela UEMG e atua como consultora na área. Atualmente, cursa jornalismo no UniBH e é estagiária do Digital na Itatiaia. É apaixonada por cultura pop, fotografia e cinema e mãe do Joaquim