A australiana Erin Patterson, acusada de matar três parentes com um Bife Wellington envenenado, foi considerada culpada das três acusações de homicídio e tentativa de homicídio do único sobrevivente o qual enfrentava em julgamento.
Segundo a CNN, um júri de 12 membros chegou ao veredito após seis dias de deliberação.
Patterson contaminou o prato com cogumelos ‘death cap’, altamente tóxicos. Ela os colheu após ver a localização deles publicada em um site público.
Com o prato envenenado, a mulher matou os ex-sogros, Don e Gail Patterson, e a irmã de Gail, Heather Wilkinson. O marido de Heather ficou internado por semanas no hospital, mas sobreviveu.
A defesa da mulher alega que as mortes foram um ‘terrível acidente’ que ocorreu quando Patterson tentou melhorar o sabor da refeição. Ainda de acordo com os advogados dela, a mulher mentiu para a polícia por medo ao perceber que teria adicionado os cogumelos tóxicos à mistura.
Almoço fatal
Segundo as investigações, a mulher teria convidado cinco pessoas para almoçar no dia 29 de julho de 2023, incluindo seu ex-marido, Simon Patterson, que acabou não indo ao almoço.
O prato servido por ela foi um Bife Wellington, feito com massa folhada, carne bovina e cogumelos picados.
Depois da refeição, os quatro convidados começaram a ter quadros de vômito e diarreia. Eles precisaram ir ao hospital, onde foram colocados em coma induzido.
Gail e Heather morreram no dia 4 de agosto - seis dias após o almoço - de falência múltipla dos órgãos. Dom morreu no dia 5 de agosto. Ian recebeu alta depois de dois meses de tratamento intensivo.
Fungo letal
Os cogumelos ‘death cap’, usados no crime, contém toxinas amanita que impedem a produção de proteínas nas células do fígado, levando à morte celular e insuficiência hepática.
Eles foram encontrados crescendo em vários estados da Austrália, apesar de setem nativos da Europa.