O diretor-executivo da rede de lanchonetes McDonald’s, Chris Kempczinski, destacou, durante uma conferência com analistas, que a quantidade de “clientes de baixa renda voltou a cair mais de 10%" em um ano nos Estados Unidos.
Segundo ele, o número de clientes no país continua sendo um desafio, onde, neste ano, o aumento da receita limitou-se a 2,5%.
“Há muita ansiedade e mal-estar entre estes clientes e, por isso, evitam ocasiões para ir ao McDonald’s, como o café da manhã, optam por menos produtos ou produtos mais baratos do cardápio, ou então ficam em casa”, explicou Kempczinski.
Para ele, “reconectar” a marca a essas classes mais baixas "é crucial”, uma vez que essa categoria “tradicionalmente visita os restaurantes com mais frequência do que aqueles com rendas média e alta”, destacou.
Com este objetivo, a rede multiplicou as promoções e ofertas de baixo custo, como o cardápio a US$ 5, aproximadamente R$ 27, na cotação atual, ou o lançamento de um lanche por menos de US$ 3, cerca de R$ 16. Essas promoções deveriam ser temporárias, mas acabam de completar um ano.
Os diretores também apostam no programa de fidelidade. Nos Estados Unidos, um cliente inscrito visita o McDonald’s, em média, 26 vezes ao ano, mais que o dobro dos que não participam do programa, que frequentam as lojas da rede 10,5 vezes por ano.
Cerca de um quarto dos clientes da rede nos Estados Unidos participa do programa de fidelidade, em comparação com aproximadamente 90% na China, assinalou Kempczinski.
Apesar da queda no país de origem, as vendas nos restaurantes aumentaram 3,8% no intervalo de um ano a nível mundial, especialmente nos países onde a rede opera sob o regime de franquia.
