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Juliana Marins caiu em trecho mais longe que o estimado pelas equipes de socorro em vulcão na Indonésia

Forte neblina atrapalha equipes de socorro de localizar brasileira no Monte Rinjani

Juliana caiu em penhasco de vulcão há quatro dias

A brasileira Juliana Marins, que está presa em um penhasco em um vulcão na Indonésia, está mais distante do ponto em que as equipes de resgate estimavam. A forte neblina impede a chegada dos socorristas ao ponto em que ela caiu no Monte Rinjani.

Segundo a família de Juliana, neste quarto dia de buscas, a equipe desceu 400 metros e estimou que ainda faltam 650 metros para acessá-la - cálculo maior que o estimado.

O porta voz do Corpo de Bombeiros do Rio, major Fábio Contreiras, explica que o resgate terrestre seria o mais indicado neste caso, já que as condições climáticas têm impedido a decolagem de helicópteros.

“É necessário uma equipe de montanhistas que conheça previamente o local, visto a área de grande inclinação de onde a vítima foi vista por último. Equipamentos como drones, GPS de alta precisão, cordas, mosquetões, materiais para ancoragem, rádio de comunicação, medicamentos e materiais são muito importantes nesse caso”, afirma.

Além do robusto equipamento, a agilidade no resgate torna-se um fator fundamental, já que Juliana está pendurada há quatro dias e incomunicável - não se sabe em quais condições de saúde. “O tempo resposta é fundamental visto que as condições de queda da vítima, de altitude, de baixa oxigenação, de temperatura, podem agravar o quadro clínico da vítima”, explicou o major. Juliana Marins fazia uma trilha guiada no Monte Rinjani, com um grupo de cinco turistas, quando se desequilibrou e caiu, deslizando montanha abaixo. Com mais de 3,7 mil metros de altura, o Monte Rinjani é o segundo maior vulcão da Indonésia.

Nesta terça-feira (24), dois helicópteros foram enviados a região para auxiliar nas buscas, no entanto, o voo foi impossibilitado devido às condições climáticas do local.

O major Fábio Contreiras, porta-voz do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, afirma que a altitude do Monte Rinjani - cerca de 3276 metros - pode prejudicar a sustentação de uma aeronave.

“A 3500 metros de altura a concentração de oxigênio cai e a sustentação de helicópteros no ar fica prejudicada. Nem todos os modelos de aeronaves conseguem trafegar nesta situação. E, as que conseguem, precisam levar uma quantidade reduzida de equipamentos e de resgatistas. Soma-se isso o fato de as condições meteorológicas impossibilitarem qualquer voo visual, o que seria essencial em um vale”, explica.

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Diana Rogers tem 34 anos e é repórter correspondente no Rio de Janeiro. Trabalha como repórter em rádio desde os 21 anos e passou por cinco emissoras no Rio: Globo, CBN, Tupi, Manchete e Mec. Cobriu grandes eventos como sete Carnavais na Sapucaí, bastidores da Copa de 2014 e das Olimpíadas em 2016.