Fogos de artifício e muita festa sinalizam a chegada do Natal na Venezuela em pleno mês de outubro. Isso porque, neste ano, a celebração teve o início antecipado no país. O decreto, anunciado pelo ditador Nicolás Maduro, é explicado como uma forma de “defender a felicidade” pelo próprio mandatário.
“Como nosso povo está constantemente em busca de sua felicidade e da atividade econômica, comercial e cultural, queremos que eles se unam e se fortaleçam; vamos aplicar a mesma fórmula de outros anos, que funcionou muito bem para a economia, a cultura e a felicidade”, disse ele.
A mudança já foi decretada algumas vezes no país, sendo a primeira alteração em 2013, quando o país enfrentava um cenário econômico difícil. Na ocasião, o ditador adiantou as feiras natalinas que vendem presentes e ingredientes de ceia, em um momento em que enfrentavam também uma escassez de produtos.
Nos anos seguintes, a prática foi repetida por várias vezes, inclusive em 2024. No ano passado, a medida foi criticada por bispos. De acordo com eles a data é definida pela Igreja Católica e não deve ser usada na forma de política ou para propagandas.
Neste ano, Maduro anunciou a mudança do Natal novamente. “Com alegria, comércio, atividade, cultura, canções natalinas e gaitas de fole. Esta é a maneira de defender a felicidade, o direito à felicidade, o direito à alegria”.
Tensão com os EUA
Nos últimos dias, os
A mobilização se soma a alistamento de civis na reserva militar, exercícios militares em quartéis e treinamento em comunidades populares. Já na última terça-feira (30), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que o país vai “monitorar”, a partir de agora, a passagem de drogas via terrestre na Venezuela.
“A Venezuela tem sido muito perigosa no que se refere a drogas e outras coisas. Vamos ver o que acontece com a Venezuela”, declarou a jornalistas. “Agora vamos monitorar os cartéis”, advertiu Trump. “Vamos monitorar rigorosamente os cartéis que levam [a droga] por terra”, acrescentou.
“Tínhamos muitas drogas entrando pelo mar”, explicou. Atualmente “não há mais lanchas, não há barcos de pescadores, não há nada”, afirmou.
O país mobilizou oito navios de guerra, com milhares de fuzileiros a bordo, além de pelo menos dez caças F-35 em Porto Rico como parte de sua operação no Caribe. "É fabuloso o que a força pode fazer”, disse Trump aos militares.
*Com CNN
(Sob supervisão de Edu Oliveira)