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Israel e Síria concordaram em um cessar-fogo após dias de bombardeios israelenses

Israel havia bombardeado o sul da Síria após escalada de violência entre as comunidades etno-religiosas que viviam no país entrarem em confronto; a declaração veio de um embaixador norte-americano

Israel e Síria concordaram, nesta sexta-feira (18), com um cessar-fogo após dias de uma escalada de violência e bombardeios israelenses em Damasco. O anúncio foi feito pelo embaixador estadunidense, Tom Barrack, em seu perfil na rede social X (antigo Twitter).

De acordo com ele, que fez um apelo em nome dos Estados Unidos para que todas as partes depusessem as armas, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o líder sírio, Ahmed al Sharaa, “concordaram com um cessar-fogo”.

O fim dos confrontos que deixaram uma centena de mortos em Sweida, no sul da Síria, já estava em pauta deste a última segunda-feira (14), quando as autoridades sírias e representantes dos drusos iniciaram negociações.

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Quatro dias depois o acordo parece ter sido firmado. “Conclamamos drusos, beduínos e sunitas a deporem as armas e, junto com outras minorias, construírem uma nova identidade síria unida, em paz e prosperidade com seus vizinhos”, explicou Barrack.

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Entenda o Conflito

Cerca de 130 mil drusos israelenses vivem no Carmelo e na Galileia, no norte de Israel. Na terça-feira (15), o gabinete do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse que Israel está “comprometido em evitar danos aos drusos na Síria devido à profunda aliança fraternal com nossos cidadãos drusos em Israel e seus laços familiares e históricos com os drusos na Síria”.

Diferente de outras comunidades minoritárias dentro das fronteiras de Israel, homens drusos com mais de 18 anos são recrutados para o exército israelense. O governo israelense também declarou uma zona de desmilitarização na Síria. Isso de forma unilateral. Segundo o gabinete do primeiro-ministro israelense, a decisão “proíbe a introdução de forças e armas no sul do país”.

No entanto, a declaração foi rejeitada pelo governo sírio, que pediu que Israel cessasse as ações militares que violam sua soberania.

Mestrando em Comunicação Social na UFMG, é graduado em Jornalismo pela mesma Universidade. Na Itatiaia, é repórter de Cidades, Brasil e Mundo