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Furacão Melissa é o mais potente a atingir a costa em 90 anos; 20 morrem no Haiti

Melissa superou o tufão Ragasa, que atingiu o leste asiático em setembro e era anteriormente considerado a tempestade mais poderosa de 2025

Furacão Melissa se aproxima da Jamaica

Uma análise da Agence France Presse apontou que Furacão Melissa foi o mais forte em 90 anos a atingir a costa, com base em dados meteorológicos da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).

No Haiti, o número de mortos devido ao furacão Melissa subiu para 20, incluindo dez crianças. As buscas por desaparecidos no país continuam. Na Jamaica, três morreram durante os preparativos para a tempestade. Já na República Dominicana, uma pessoa morreu.

Melissa, após passar por Haiti e Jamaica, chegou a Cuba nesta quarta-feira (20). O furacão tinha categoria cinco quando atingiu o território jamaicano, causando destruição com seus ventos de 300km/h, e chegou a Cuba com nível três.

O furacão do Dia do Trabalho devastou as Florida Keys em 1935 com ventos também próximos a 300 km/h e uma pressão atmosférica de 892 milibares.

Furacões são tempestades tropicais que ocorrem no Atlântico norte e no nordeste do Pacífico.

Se incluir os tufões (noroeste do Pacífico) e os ciclones (oceano Índico e sul do Pacífico), apenas a tempestade Goni, que atingiu as Filipinas em 2020, teve ventos mais fortes e pressão mais baixa do que Melissa perto de terra firme.

No entanto, os dados da NOAA não especificam se Goni manteve essa intensidade no exato momento em que atingiu o arquipélago.

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Desde que a NOAA começou a registrar dados em 1842, o furacão Patricia, que se formou no Pacífico antes de atingir o México em outubro de 2015, detém o recorde absoluto de ventos mais fortes, com 343 km/h, empatado com o tufão Nancy de 1961.

Mas os recordes foram estabelecidos em mar aberto e ambas as tempestades atingiram a costa com menor intensidade.

O tufão Mawar, em 2023, foi mais intenso que Melissa em termos de vento e pressão, mas também distante da costa. Sua pressão caiu para 891 mb, enquanto seus ventos sustentados (a média das velocidades do vento em um minuto) ultrapassaram 305 km/h.

No Atlântico, Dorian, em 2019, atingiu as Bahamas com ventos comparáveis aos de Melissa e do furacão do Dia do Trabalho, mas sua pressão era mais alta, indicando uma tempestade menos intensa. Assim como Gilbert, que devastou a Jamaica em 1988, deixando 40 mortos e grandes danos materiais.

Melissa, a quinta tempestade tropical de categoria cinco do ano, superou o tufão Ragasa, que atingiu o leste asiático em setembro e era anteriormente considerado a tempestade mais poderosa de 2025, com ventos que chegaram a 267 km/h e uma pressão mínima de 910 mb.

Segundo os cientistas, as mudanças climáticas causam eventos climáticos extremos mais frequentes e intensos em todo o mundo.

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