EUA oferecem 15 anos de segurança para a Ucrânia, que pede prazo maior

Governo ucraniano diz que a lei marcial imposta no país só será retirada caso haja garantia de segurança

Zelensky e Trump se encontraram no dia 7 de setembro em Paris, na França

Durante as negociações no fim de semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ofereceu garantias de segurança “sólidas” à Ucrânia por 15 anos, porém, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, informou nesta segunda-feira (29) que solicitou um prazo mais longo.

A dupla se reuniu neste domingo (28) na Flórida para avançar em um possível acordo para dar fim à guerra na Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022.

“Eu realmente queria que as garantias fossem mais longas. Eu disse a ele que realmente queremos considerar a possibilidade de 30, 40, 50 anos”, disse Zelensky em uma entrevista coletiva virtual.

Donald Trump disse que pensaria na possibilidade.

O fim da lei marcial na Ucrânia dependerá das garantias de seguranças impostas durante o acordo. A lei proíbe que homens ucranianos de 25 a 60 anos abandonem o país, salvo quando recebem uma autorização especial. Ela foi imposta desde a invasão russa.

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“Todos queremos que a guerra termine e só então a lei marcial será suspensa. Este é o único caminho. No entanto, o fim da lei marcial acontecerá quando a Ucrânia obtiver garantias de segurança”, declarou Zelensky à imprensa.

“Sem garantias de segurança, não se pode considerar que esta guerra tenha realmente terminado”, acrescentou.

Zelensky afirmou que qualquer acordo para acabar com a guerra “deve ser assinado por quatro partes: Ucrânia, Europa, EUA e Rússia”. Ele também disse que espera que autoridades norte-americanas e europeias se reúnam em breve na Ucrânia.

“Estamos todos firmemente decididos a fazer com que as reuniões que mencionei aconteçam em janeiro. Depois disso, acredito que, se tudo avançar pouco a pouco, haverá um encontro, de uma forma ou de outra, com os russos”, concluiu.

*Com AFP

Formada pela PUC Minas, é repórter da editoria de Mundo na Itatiaia. Antes, passou pelo portal R7, da Record.

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