O vice-diretor do Corpo de Bombeiros de Hong Kong, Chan Hing-yung, confirmou, na tarde desta quinta-feira (27), 83 mortes devido ao
incêndio de grandes proporções que atingiu um complexo residencial em Tai Po, nesta quarta-feira (26).
A operação de combate ao incêndio está praticamente concluída, segundo o vice-diretor. Quatro unidades ainda trabalham no combate às chamas, enquanto outras realizam o resfriamento para evitar o retorno do fogo, segundo a emissora HK01. A previsão é que o trabalho seja finalizado até a manhã desta sexta-feira (28), no horário local, noite de quinta-feira (27) no Brasil.
Além dos 83 mortos, há 76 pessoas feridas, incluindo 11 bombeiros. Dos feridos, 12 estão em estado crítico, 28 em estado grave, 17 estáveis e 21 tiveram alta.
Foram 115 vítimas no total. Segundo autoridades locais, 79 morreram no local, 76 foram encaminhadas ao hospital e 11 bombeiros ficaram feridos. Um bombeiro morreu. O número de desaparecidos será contabilizado posteriormente.
O incêndio
O complexo Wang Fuk Court tem
oito torres e mais de dois mil apartamentos, e sete foram afetados pelo incêndio. Os edifícios Hung Cheong Court e Hung Tai Court foram os que mais registraram mortes, uma vez que foram os mais atingidos.
Não se sabe ao certo o que provocou o fogo, mas a principal suspeita é de que os tradicionais
andaimes de bambu que cercam os prédios tenham potencializado o incêndio, uma vez que são altamente inflamáveis.
O
incêndio começou na tarde desta quarta-feira em
Hong Kong, sendo madrugada no Brasil. Um balanço anterior indicava
65 mortos, mas foi atualizado para 83 mortos.
O prédio passava por reformas antes de pegar fogo.
Um homem foi resgatado com vida do edifício nesta quinta.
As
imagens são impressionantes. Fotos e
vídeos mostram o prédio totalmente destruído pelas
chamas.
Três homens foram detidos, suspeitos de deixarem, de forma negligente, embalagens de espuma no complexo residencial durante as reformas.
Esse é o incêndio mais grave já registrado em Hong Kong em 29 anos. Em 1996, 41 pessoas morreram em um edifício comercial em Kowloon. Na época, autoridades concluíram que as chamas começaram durante um trabalho de soldagem realizado em uma reforma.
Moradores relataram à AFP que
não ouviram nenhum alarme de incêndio e avisaram uns aos outros sobre as chamas. “Tocar a campainha, bater nas portas, alertar os vizinhos, dizer que deveriam sair... foi assim que aconteceu [...] O fogo se propagou muito rapidamente”, relatou um morador.
*Com AFP e CNN