Um dos líderes da oposição na Venezuela, Juan Pablo Guanipa foi preso acusado de manter uma suposta “rede terrorista” que atentaria contra as eleições legislativas e de governadores de domingo (25). A informação foi divulgada nesta sexta-feira (23) pelo ministro do Interior do país, Diosdado Cabello.
Guanipa era tido como foragido e era colaborador próximo da líder da oposição María Corina Machado, que o chamava de “irmão”.
O opositor de Maduro foi membro do Parlamento eleito em 2015, que era controlado pela oposição, e foi vice-presidente em 2020 quando Juan Guaidó presidiu a Câmara e foi reconhecido como presidente interino da Venezuela pelos Estados Unidos, Colômbia e outros países.
"É um dos líderes desta rede terrorista”, disse Cabello em um discurso na televisão estatal. “Quatro celulares foram apreendidos, além de um laptop. Aí está todo o plano”, acrescentou.
O ministro também anunciou que outras pessoas, incluindo estrangeiros, foram presas e estariam ligadas à “conspiração”. Ele ainda mostrou imagens de Guanipa algemado e usando um colete à prova de balas.
Uma mensagem foi publicada na conta de Guanipa no X logo depois: “Se estão lendo isso, é porque fui sequestrado pelas forças do regime de Nicolás Maduro”. “Não tenho certeza do que acontecerá comigo nas próximas horas, dias e semanas. Mas tenho certeza de que venceremos a longa luta contra a ditadura”, finalizou o texto. (Com informações de AFP)