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Em reunião com Trump, primeiro ministro do Canadá diz que país ‘nunca estará a venda’

Desde novembro do ano passado, Trump defende a ideia de anexar de tornar o país vizinho no 51° estado americano; os dois se reunirão na Casa Branca nesta terça (6)

Primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reuniram nesta terça (6)

O novo primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, se reuniu com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca nesta terça-feira (6). O encontro, apesar dos sorrisos escondia uma tensão palpável, já que Trump revelou mais uma vez sua intenção de anexar o país vizinho.

O presidente americano disse que seria um “casamento maravilhoso” se o Canadá se tornasse o 51º estado dos Estados Unidos. “Há lugares que nunca estão à venda (...) não estão à venda. Nunca estarão à venda”, rebateu Carney.

A relação entre o Canadá e os Estados Unidos enfrenta turbulências nos últimos tempos. Desde novembro do ano passado, Trump defende a ideia de anexar de tornar o país vizinho no 51° estado americano. Em março deste ano, o governo de Donald Trump impôs uma tarifa de 25% sob as importações de produtos canadenses.

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Ao ser eleito, Carney afirmou que pretende enfrentar Trump na guerra comercial, mas diz que não quer irritá-lo para não fechar a porta para um acordo comercial.

Na reunião desta terça, o primeiro-ministro canadense perguntou que Trump queria que o Canadá fosse o primeiro país a assinar um acordo comercial com os Estados Unidos. “Eu adoraria”, respondeu Trump. ""Temos algumas questões difíceis a discutir”, acrescentou, no entanto.

Carney quer transformar relação do Canadá com os EUA

Carney chegou ao cargo de primeiro-ministro após a renúncia de Justin Trudeau, figura desprezada por Trump, que o chamava de “governador” do Canadá. O presidente dos EUA tentou interferir nas eleições canadenses, ao dizer que o país enfrentaria tarifas zero, caso se tornasse o 51° estado americano.

Agora, o primeiro-ministro promete mudar a relação do país com o poderoso vizinho. “Nossa antiga relação, baseada em uma integração cada vez maior, chegou ao fim. A questão agora é como nossas nações irão cooperar no futuro”, declarou Carney na sexta-feira (2).

*Com informações de AFP

Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.