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Trump ainda disse que “não estava feliz” com a onda de ataques, segundo ele, em um “momento muito ruim”, em meio às tentativas do presidente americano de negociar o fim do conflito que começou em fevereiro de 2022 com a invasão russa da Ucrânia.
A Rússia lançou 70 mísseis e 145 drones durante a madrugada, segundo o governo ucraniano, que atingiram seis regiões do país e várias cidades, incluindo a capital, onde testemunhas descreveram cenas apocalípticas em uma área residencial, com prédios destruídos e corpos sem vidas jogados nas ruas.
Até agora, há 12 mortos e 90 feridos, segundo o último balanço dos serviços de emergência.
“Eles querem nos destruir”, disse Olena Davidiuk, uma advogada de 33 anos que mora muito perto do ponto de impacto dos mísseis russos em Kiev, à AFP. Ela disse que acordou com o som de explosões e correu para fora quando “as janelas e portas começaram a cair”.
A União Europeia condenou o ataque e disse que a Rússia continua sendo “o principal obstáculo à paz”, enquanto o presidente ucraniano Volodimir Zelensky decidiu encurtar sua visita à África do Sul.
Negociações
As negociações em nível ministerial entre os Estados Unidos, a Ucrânia e dois aliados europeus, França e Reino Unido, foram canceladas no último minuto na quarta-feira, após o vazamento de informações à imprensa sobre o possível reconhecimento por Washington da soberania russa sobre a Crimeia, península ucraniana que Moscou anexou em 2014.
Zelensky disse na terça-feira que a Crimeia "é nosso território”, e Trump respondeu chamando-o de “incendiário” em um momento em que, segundo ele, um acordo com a Rússia está “muito próximo”.
A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, reiterou que a “Crimeia é a Ucrânia”. (Com informações da AFP)
