Israel anunciou nesta quarta-feira (19) novas investidas terrestres na Faixa de Gaza, acompanhadas de um “último aviso” à população local para que libertem os reféns e removam o grupo Hamas do poder.
Nesta semana, o país intensificou seus ataques aéreos, resultando na ofensiva mais letal desde o cessar-fogo assinado janeiro. De acordo com o Ministério da Saúde do território palestino, os bombardeios causaram a morte de centenas de pessoas.
A Defesa Civil de Gaza relatou que 470 pessoas morreram nos bombardeios israelenses iniciados na madrugada de terça-feira, entre elas 14 membros da mesma família no norte do território.
Fred Oola, médico do hospital de campanha da Cruz Vermelha em Rafah, afirmou que a retomada dos ataques acabou com a calma relativa dos últimos dois meses.
“Agora, podemos sentir o pânico no ar (...) e ver a dor e devastação nos rostos das pessoas que ajudamos”, declarou em um comunicado.
O Exército israelense indicou em um comunicado que “nas últimas 24 horas (...) foram iniciadas operações terrestres seletivas no centro e sul da Faixa de Gaza para ampliar o perímetro de segurança”.
“Residentes de Gaza, este é o último aviso”, declarou o ministro da Defesa, Israel Katz. “Devolvam os reféns e eliminem o Hamas, e outras opções serão abertas, incluindo a possibilidade de se deslocarem para outros lugares do mundo para aqueles que desejarem”.
Assim como na véspera, no norte de Gaza, homens, mulheres e crianças fugiram nesta quarta em meio a uma paisagem de destruição, a pé ou aglomerados em carroças, um êxodo que já viveram durante os meses de guerra.
* AFP