“Amor com amor se paga”, diziam as centenas de fieis argentinos que fizeram procissão e vigília em Buenos Aires na noite de sexta (7), orando pela saúde do Papa Francisco.
Eles levavam velas, tochas e fizeram procissão por cinco quarteirões até chegar à Plaza de Mayo, onde fica a Catedral de Buenos Aires. Francisco é argentino de nascença, e foi arcebispo de Buenos Aires quando ainda era conhecido pelo nome de Jorge Mario Bergoglio.
Ele está internado desde o dia 14 de fevereiro, quando foi hospitalizado por quadro de bronquite. O diagnóstico evoluiu para infecção polimicrobiana e, em seguida, pneumonia nos dois pulmões. Boletins diários tem sido divulgados desde então.
Admiração e orações
“Desde que (Jorge Mario) Bergoglio se tornou papa, ele conseguiu tornar visíveis os invisíveis, aqueles trabalhadores pobres e precários (...), não apenas na Argentina, mas no mundo”, disse Laura Cibelli, de 47 anos, à Agência France Presse.
“Agora que ele está passando por um momento de fragilidade, nosso dever é retribuir esse amor com amor. (...) Que os sinos toquem e ouçamos algumas das homilias do papa”, escreveu o líder social Juan Grabois na rede X ao convocar a vigília na terça-feira.
Na procissão em Buenos Aires, dois homens carregaram um palanquim com uma estatueta da Virgem Maria para rezar por sua saúde. Gabriel Duna, um dos “peregrinos da Virgem”, caminha 200 ou 300 km com a Virgem nas costas porque assim “ela faz o seu trabalho”.
“Precisamos dele aqui”, disse ele sobre o papa. “Pedimos (...) a Deus que o deixe aqui, e à Virgem Maria; sabemos que ele estará melhor com eles, mas precisamos muito dele, por isso pedimos que o deixem aqui conosco por mais alguns anos”.
A vigília terminou com uma missa dentro da catedral, um edifício neoclássico com um pórtico de 12 colunas que lembra mais um templo grego. Em seu saguão, um painel recebia os visitantes relembrando a vida e a obra de Bergoglio, o primeiro papa argentino.