O governo brasileiro recomendou que os cidadãos brasileiros deixem a Síria e retornem ao Brasil, em meio à incerteza política que se instaurou no país após a
Segundo Cadar, há uma falta de comunicação entre as autoridades brasileiras e a comunidade brasileira residente na Síria. ‘Na verdade, nós temos pouco contato, porque também a embaixada da Síria em Brasília tem tido pouco contato’, afirmou o cônsul.
Momento de incerteza
O cônsul destacou que o país vive um momento de grande instabilidade política. ‘Houve uma ruptura de um governo que estava lá há 54 anos, então é um momento de incerteza realmente, nem nós e nem ninguém ainda não sabe o que vai acontecer’, explicou Kadar.
Atualmente, um interventor está organizando a transição para um novo governo, previsto para março. No entanto, a situação permanece incerta, especialmente para a minoria cristã, da qual muitos brasileiros descendentes de sírios fazem parte.
Preocupação com a comunidade brasileira
Cadar expressou preocupação com a situação dos brasileiros na Síria, especialmente devido ao contexto religioso do conflito. ‘O que acontece na Síria é uma guerra muito religiosa, é uma guerra entre sunitas, xiitas e cristãos’, explicou o cônsul.
Ele acrescentou que a maioria dos brasileiros descendentes de sírios são cristãos, uma minoria no país. ‘Eles devem estar numa situação um pouco difícil lá, sem saber se os que tomaram o governo, que são sunitas, vão realmente aceitá-los na Síria ou vão querer que eles saiam’, alertou.
O cônsul concluiu expressando incerteza sobre o futuro da Síria sob o novo governo, que ele acredita ter uma orientação mais próxima a Israel e aos Estados Unidos do que o regime anterior.
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