O furacão Milton, previsto para atingir a costa da Flórida, nos Estados Unidos, nesta quarta-feira (9), é um dos mais fortes da história no Oceano Atlântico. O fenômeno já atingiu ventos de 290 km/h, com rajadas de 320 km/h. As informações foram divulgadas pela MetSul.
A intensidade, considerada “monstruosa”, foi classificada na categoria 5 - a mais forte da escala Saffir-Simpson de furacões. Especialistas afirmam que o furacão Milton atingiu uma força tão grande que chegou até a chamada “máxima intensidade potencial” -
O fenômeno reacendeu a discussão sobre a criação de uma nova categoria, a 6, na escala Saffir-Simpson. Pesquisadores afirmam que as mudanças climáticas devem intensificar os fenômenos, o que tornaria necessária a criação de mais uma categoria. Porém, a ideia ainda é controversa e causa polêmica em meio a comunidade de cientistas que estudam o tema.
No entanto, o National Hurricane Center (Centro Nacional de Furacões, em tradução livre), do governo americano, disse em fevereiro que não pretende adicionar a sexta categoria na escala de furacões. Meteorologistas do órgão argumentam que não há evidências de que adicionar uma sexta categoria “melhoraria a preparação das pessoas ou a tomada de decisões”.
“Se uma categoria 5 significa ‘esperar consequências catastróficas’, o que significaria a categoria 6?”, afirmou a Liz Ritchie-Tyo, professora de ciências atmosféricas na Universidade Monash da Austrália.
Porém, mesmo se os furacões de categoria 6 existissem, o Milton não seria um deles. A velocidade máxima do furacão Milton foi de 290 km/h, já a velocidade mínima da categoria 6 seria 310 km/h, segundo os pesquisadores que defendem a sua criação.
Mas, ao longo das últimas décadas, quantas tempestades preencheriam este critério? Apenas o furacão Patrícia, que atingiu o México em 2015, já atingiu a velocidade pretendida para a nova categoria. Na época, o fenômeno alcançou ventos de 346 km/h.