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Após morte de líder do Hezbollah, Netanyahu diz que trabalho de Israel ‘ainda não terminou’

Bombardeio israelense no Líbano matou Hassan Nasrallah, líder da organização terrorista, na manhã deste sábado (28); terrorista era considerado o maior inimigo de Israel

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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou neste sábado (28) que o trabalho de Israel para destruir o Hezbollah “ainda não terminou”. Nesta manhã, um bombardeio israelense no sul do Líbano matou Hassan Nasrallah, líder da organização terrorista há mais de 30 anos. Especialistas dizem que esse foi o golpe mais significativo contra o grupo em todos esses meses de conflito.

Para Netanyahu, a morte de Nasrallah trata-se de um “ponto de virada histórico” na luta de seu país contra seus “inimigos”. “A eliminação de Nasrallah é um passo necessário para mudar o equilíbrio de poder no Oriente Médio”, afirmou o primeiro-ministro. E completou: “Nosso trabalho não terminou, dias desafiadores estão à frente”, disse.

O primeiro-ministro de Israel também disse que o líder do Hezbollah era o “principal motor do eixo do mal do Irã" e o classificou como “não um terrorista, mas O terrorista”. Netanyahu acredita que a morte de Nasrallah possa ajudar Israel a “avançar” nas negociações com o Hamas para libertar os reféns levados para Gaza.

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Segundo Netanyahu, se o líder do grupo terrorista continuasse vivo, ele poderia reestabelecer as estruturas do Hezbollah, amplamente atacadas nos últimos dias por Israel. “Então, dei a ordem, e Nasrallah não está mais entre nós. Estamos determinados a continuar atingindo nossos inimigos”, afirmou.

‘Uma medida de justiça’, diz EUA

“Nasrallah era um dos maiores inimigos de todos os tempos do Estado de Israel (...). Sua eliminação torna o mundo um lugar mais seguro”, afirmou o porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que a morte de Nasrallah era uma “medida de justiça para suas muitas vítimas, incluindo milhares de americanos, israelenses e civis libaneses”.

Hassan Nasrallah, de 64 anos, era venerado entre a comunidade xiita no Líbano. Líder do Hezbollah desde 1992, ele vivia escondido e fez raras aparições públicas nos últimos anos. Após o anúncio da morte, gritos de indignação foram ouvidos em vários bairros de Beirute que abrigam os deslocados das áreas xiitas, e o Líbano decretou três dias de luto.

“Não posso descrever a comoção que este anúncio me provoca”, disse Maha Karit, uma residente de Beirute.

O Irã também decretou três dias de luto, e o primeiro vice-presidente iraniano, Mohamad Reza Aref, declarou que a morte de Nasrallah provocará “a destruição” de Israel. Em Teerã, uma multidão se reuniu para expressar sua tristeza, e toda a cidade pendurou faixas com a mensagem “Hezbollah vive”.

Este grupo islamista, financiado e armado pelo Irã, foi criado em 1982 por iniciativa da Guarda Revolucionária do Irã.

Como conflito surgiu?

Israel e o Hezbollah trocam disparos há meses, mas o confronto se intensificou depois de milhares de pagers e walkie-talkies de membros do Hezbollah explodirem nos dias 17 e 18 de setembro. O Hezbollah, aliado do Hamas, promete continuar combatendo Israel “até o fim da agressão em Gaza”. O Irã garantiu que apoiaria o Líbano “por todos os meios” no caso de uma escalada.

Este conflito eclodiu com o ataque do Hamas em 7 de outubro, que deixou 1.205 mortos em Israel, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelenses que inclui reféns que morreram no cativeiro em Gaza. Das 251 pessoas raptadas, 97 permanecem em Gaza, 33 das quais foram declaradas mortas pelo Exército.

Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que já deixou 41.495 mortos, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.

*Com informações de AFP


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Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.