Em plena temporada de inverno na Antártida, as temperaturas do continente sul aumentaram mais de 28 °C acima do normal. Isso porque, pela segunda vez em dois anos, uma onda de calor atingiu local e, conforme a previsão feita pela Universidade de Washington, pode influenciar o clima na região por até dez dias.
Leia mais:
Onda de calor atípica no Japão deixa seis mortos em Tóquio Onda de calor no inverno: capitais brasileiras vão bater mais de 30° graus nesta semana
O fenômeno preocupa pesquisadores porque, diante do constante aquecimento terrestre, a tendência é que ele ocorra com mais frequência. “Essa onda de calor é um evento quase recorde (ou recorde) para a região da Antártica na qual está causando o maior impacto”, afirmou ao portal The Washington Post, Edward Blanchard, cientista atmosférico da Universidade de Washington.
Apesar do aumento de temperatura na região da Antártida, o tempo continua congelante no local, com temperaturas em torno de -20 °C. É esperado que as temperaturas permaneçam entre 20 °C e 30 °C acima da média em partes do leste da Antártica durante toda a onda de calor. O monitoramento pontuou que os valores vem ficando acima da média desde julho, contudo, não tão expressivamente como nessa primeira semana de agosto.
“A onda de calor no Planalto Antártico é extraordinária mais por sua duração do que por sua intensidade, embora alguns valores sejam notáveis”, explica o cientista Steffano Di Batista.
Onda de frio
Apesar de, durante todo o mês de julho, as temperaturas na Antártida terem sido excepcionalmente quentes, no início de julho, na região norte do continente, foram registradas temperaturas extremamente frias. No dia 17 de julho, as estações meteorológicas no Domo Fuji diminuíram para -82,1°C. Os valores são equivalentes à segunda temperatura mais fria já registrada naquele mês.