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Oriente Médio vive medo de guerra total entre Israel e o Hezbollah; entenda

Estados Unidos e Reino Unido pediram a seus respectivos cidadãos para que deixem o Líbano o mais rápido possível.

Em comunicado, o Hezbollah afirmou ter mirado com “mísseis guiados em uma posição israelense” em frente à aldeia fronteiriça libanesa de Dhayra

Os alertas se multiplicaram neste sábado (3) devido ao risco de uma guerra total entre Israel e o movimento libanês pró-iraniano Hezbollah. As consequências seriam imprevisíveis para a região, já tensionada pelos quase dez meses de conflito na Faixa de Gaza.

Estados Unidos e Reino Unido pediram a seus respectivos cidadãos para que deixem o Líbano o mais rápido possível.

“As tensões estão elevadas e a situação pode se deteriorar rapidamente”, advertiu o chanceler britânico, David Lammy, acrescentando: “Minha mensagem para os cidadãos britânicos que lá estão é clara: saiam já.”

Os chefes das diplomacias dos Estados Unidos e da França, Antony Blinken e Stéphane Séjourné, instaram todas as partes, em uma ligação telefônica, à “moderação máxima, para evitar uma conflagração que teria consequências devastadoras para os países da região”, indicou a chancelaria francesa.

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O Departamento de Defesa dos Estados Unidos revelou na sexta-feira (2) que ordenou “ajustes” para “melhorar a proteção” de suas forças e “aumentar o apoio à defesa de Israel”, devido à “possibilidade de uma escalada regional por parte do Irã e de seus parceiros”.

A tensão regional se agravou com a morte na terça-feira, em um bombardeio israelense em um subúrbio de Beirute, de um alto dirigente do Hezbollah, e o assassinato no dia seguinte em Teerã do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em um ataque atribuído a Israel.

Haniyeh, cuja foi morte foi denunciada em protestos em vários países muçulmanos neste sábado, entre eles Marrocos e Turquia, foi sepultado na véspera em um cemitério perto de Doha, no Catar, onde vivia exilado, após um cortejo fúnebre que reuniu multidões.

O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, ameaçou Israel com um “severo castigo” e o chefe do Hezbollah, Hasan Nasrallah, falou de uma “resposta inevitável”.

A representação do Irã na ONU disse esperar que o Hezbollah ataque em “profundidade” o território israelense e que não se limite a alvos militares.

Israel e Hezbollah, aliado do Hamas, têm protagonizado confrontos quase que diários de artilharia desde o início da guerra em Gaza.

O Hezbollah anunciou neste sábado que lançou “dezenas” de foguetes Katiusha contra o assentamento de Beit Hillel, no norte de Israel.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, assegurou na quinta-feira que Israel “está em um alto nível de preparação para qualquer cenário, tanto defensivo quanto ofensivo”.

Sem dar explicações, a companhia áerea turca Turkish Airlines cancelou neste sábado, pela segunda noite consecutiva, seus voos noturnos com destino a Teerã.


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