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Primeiro-ministro britânico renuncia à liderança do Partido Conservador após derrota em eleições

Segundo as estimativas das emissoras britânicas, os Trabalhistas (centro-esquerda) de Keir Starmer conquistariam 410 das 650 cadeiras da Câmara dos Comuns

Segundo as estimativas das emissoras britânicas, os Trabalhistas (centro-esquerda) de Keir Starmer conquistariam 410 das 650 cadeiras da Câmara dos Comuns, com uma ampla vantagem sobre os conservadores do primeiro-ministro Rishi Sunak, que ficariam com 131

O atual primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, anunciou nesta sexta-feira (5) sua renúncia ao posto de líder do Partido Conservador após a derrota esmagadora para os trabalhistas nas eleições legislativas.

“Após este resultado, deixarei o cargo de líder do partido, não de maneira imediata, e sim quando tudo estiver em ordem para a designação do meu sucessor”, afirmou, antes de deixar Downing Street e de apresentar sua renúncia ao rei Charles III.

Segundo as estimativas das emissoras britânicas, os Trabalhistas (centro-esquerda) de Keir Starmer conquistariam 410 das 650 cadeiras da Câmara dos Comuns, com uma ampla vantagem sobre os conservadores do primeiro-ministro Rishi Sunak, que ficariam com 131

Guinada para o centro

Starmer, que aproximou seu partido de posições mais de centro após a derrota trabalhista nas eleições de 2019 de seu antecessor Jeremy Corbyn, de linha mais esquerdista, fez uma campanha pela “mudança” menos radical que a do seu antecessor.

O líder trabalhista prometeu uma gestão cautelosa da economia, dentro de um plano de crescimento a longo prazo que inclui fortalecer os criticados serviços públicos, especialmente o sistema de saúde.

O líder conservador deixa o cargo menos de dois anos depois de ter sido nomeado primeiro-ministro, em outubro de 2022, quando assumiu após um mandato desastroso em nível econômico, de apenas 49 dias, de Liz Truss, que havia substituído no cargo Boris Johnson, envolvido em um escândalo de festas na residência oficial durante a pandemia de covid-19.

O Partido Conservador, mergulhado em conflitos internos e em profunda crise, esteve no poder desde maio de 2010, primeiro com David Cameron como primeiro-ministro, seguido por Theresa May e depois Boris Johnson.

O Brexit em 2020 e suas consequências para a economia britânica, a pandemia de covid-19, o aumento do custo de vida e as críticas ao funcionamento do serviço de saúde, com longas listas de espera, acabaram cobrando seu preço dos conservadores.

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