Um estudo publicado na revista britânica The Lancet, com análise das taxas de fertilidade no mundo, aponta que até 2100 apenas 6 (3%) entre 204 países terão níveis sustentáveis de nascimentos para reposição da população. A pesquisa avaliou dados entre 1950 e 2021, realizando projeções para 2050 e 2100.
A investigação é resultado da parceria do grupo de estudo internacional Global Burden of Diseases (Carga Global das Doenças). O pesquisador Rafael Moreira, do departamento de Saúde Coletiva da Fiocruz Pernambuco, integra a equipe.
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Atualmente, a taxa de fertilidade considerada aceitável para reposição populacional é de 2,1
“Estimativas e projeções de fertilidade são necessárias para planejar políticas que envolvam necessidades de recursos e cuidados de saúde, oferta de trabalho, educação, igualdade de gênero e planejamento familiar”, destacam os pesquisadores no estudo.
Taxa de fecundidade total em diferentes regiões do mundo, de 1950 a 2100
Queda no Brasil
Em 1950, a taxa de fertilidade no Brasil era de 5,93 filhos. Já em 2021, o número caiu para 1,93. As expectativas futuras apontam queda, sugerindo 1,57 em 2050 e 1,31 em 2100, abaixo da projeção mundial.
“As futuras taxas de fertilidade continuarão a diminuir em todo o mundo e permanecerão baixas mesmo sob a implementação bem-sucedida de políticas pró-nascimento. Estas mudanças terão consequências econômicas e sociais devido ao envelhecimento da população e ao declínio da força de trabalho”, aponta o artigo.
* Com informações da Agência Fiocruz.