O primeiro caso de morte por varíola do Alasca, ou Alaskapox (AKPV), foi confirmado nos Estados Unidos. Boletim informando sobre a morte do paciente, um homem idoso, foi divulgado pelas autoridades do estado norte-americano na última sexta-feira (9).
De acordo com o documento, este é o “primeira caso de infecção grave por varíola do Alasca, resultando em hospitalização e morte”. O informativo também apresenta que o idoso tinha um quadro imunocomprometido, o que “contribuiu para a gravidade da doença”.
Idoso enfrentava um câncer
O paciente realizava tratamento para um câncer e, por isso, tinha o sistema imune comprometido. O idoso, que vivia na Península de Kenai, no Alasca, não teve sua idade revelada.
Após notar sinais da doença, o homem teria buscado ajuda de médicos e iniciado um tratamento com antibióticos, que não surgiu efeito. O Departamento de Saúde do Alasca informou que o homem morreu no final de janeiro.
“O paciente residia sozinho em uma área florestal e não relatou viagens recentes (...). Ele relatou cuidar de um gato de rua em sua residência que caçava regularmente pequenos mamíferos e frequentemente arranhava o paciente, incluindo um arranhão notável próximo à axila direita no mês anterior ao início da erupção cutânea”, diz a nota.
O boletim também chama atenção para o fato de este ser o primeiro caso de infecção registrado fora do interior do estado do Alasca.
O rato-de-costas-vermelhas-do-norte, encontrado em toda o Alasca, é uma espécie que mostrou evidências de disseminar o vírus Alaskapox
Poucos casos da varíola do Alasca
Desde o primeiro registro, em 2015, apenas seis outros casos do vírus, que pertence ao mesmo gênero responsável pela varíola, foram relatados no Alasca. Todos os afetados pela doença viviam na área de Fairbanks, a mais de 450 km da Península de Kenai, onde o caso recente foi notificado.
Os demais pacientes apresentaram quadros leves e se recuperam após hospitalização. Pequenos mamíferos são considerados os principais vetores da doença.
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