O casamento da herdeira da Samsung, Lee Boo-jin, com seu segurança tornou-se o “divórcio do século” na Coreia do Sul, com o enredo que mistura conto de fadas e drama familiar.
A filha mais nova do falecido presidente da Samsung, Lee Kun-hee, tornou-se uma das mulheres mais poderosas do mundo e desafiou as normas sociais ao escolher o ex-soldado como marido.
Sua fortuna é avaliada em US$ 4 bilhões (R$ 20,8 bilhões), sendo incluída na lista da Forbes das “100 mulheres mais poderosas do mundo” entre 2005 a 2014. Ela tem outros dois irmãos, com participação nos negócios da Samsung.
De origem humilde, o segurança foi contratado pelo próprio pai para proteger a “princesa da Samsung”, que começava a construir a carreira bem sucedida na empresa de tecnologia, em 1995.
No entanto, a elite da Coreia do Sul ainda mantém a tradição de arranjar casamento para os filhos com famílias ricas para fortalecer alianças políticas e consolidar o poder.
De acordo com a imprensa local, o presidente da Samsung tentou arrumar alguns casamentos para a filha, mas Lee Boo-jin resistiu, enfatizando sua autonomia e liberdade.
“Sr. Cinderela”
A vice-presidente da empresa acabou se casando com o guarda-costa Im Woo-jae, em 1999, contra a vontade do pai em uma cerimônia privada.
Lee Boo-jin tentou manter o casamento em segredo, mas um ano depois a relação se tornou pública e não escapou das críticas da imprensa coreana, que apelidou o marido de “Sr. Cinderela”.
Apesar das controvérsias, o casal teve um filho, mas o “conto de fadas” transformou-se em drama quando, em 2014, Lee Boo-jin pediu o divórcio por “diferenças irreconciliáveis”.
A separação se tornou uma batalha judicial que durou cinco anos, culminando com o maior acordo de divórcio da história da Coreia do Sul, em 2019.
Im Woo-jae exigiu uma pensão alimentícia e a divisão de bens, que totalizavam cerca de R$ 3 bilhões. No entanto, ao fim do processo, Lee Boo-jin teve de desembolsar aproximadamente R$ 32 milhões.
O ex-marido foi demitido da Samsung, enquanto a mídia sul-coreana cunhou o caso como “o divórcio do século”.
O casamento se tornou um exemplo de como até mesmo as histórias mais encantadoras e improváveis podem não ter um final feliz.
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