🫖 Já pensou? Chá com sal? Pois é, uma pesquisadora e professora dos Estados Unidos gerou polêmica nas redes sociais, após sugerir uma receita inusitada para o chá perfeito: adicionar uma pitada de sal à xícara. A novidade, causou alvoroço até no Reino Unido - país em que o chá, por ser consumido por milhões de pessoas, se tornou uma espécie de instituição cultural.
A sugestão curiosa de Michelle Francl, professora de química no Bryn Mawr College, na Pensilvânia, nos Estados Unidos, veio de um livro escrito por ela, sobre a ciência molecular por trás da xícara de chá perfeita – intitulado “Steeped: The Chemistry of Tea”, em português, ‘Embebido: a química do chá' - onde argumenta que a adição de sal é necessária para reduzir o amargor da bebida.
A autora diz que adicionar uma pequena quantidade de sal — não o suficiente para mudar sabor — faz o chá parecer menos amargo porque “os íons de sódio no sal bloqueiam os receptores amargos em nossas bocas”.
Ela também defende fazer o chá em uma panela pré-aquecida, agitando o saquinho por um curto período de tempo e servindo em uma caneca curta e robusta para preservar o calor.
A novidade não foi muito bem vista! Nas redes sociais, a receita inusitada viralizou por parte dos britânicos, que ficaram indignados com a sugestão de Michelle. A repercussão fez com que até a Embaixada dos Estados Unidos no Reino Unido se manifestasse sobre o assunto.
“Não podemos ficar de braços cruzados enquanto uma proposta tão ultrajante ameaça os próprios fundamentos da nossa relação especial”, escreveu a embaixada em um post viral no X (antigo Twitter), que termina com uma pitada de ironia americana, “a embaixada dos Estados Unidos continuará a fazer o chá da maneira correta – no microondas”.
An important statement on the latest tea controversy. 🇺🇸🇬🇧 pic.twitter.com/HZFfSCl9sD
— U.S. Embassy London (@USAinUK) January 24, 2024
A embaixada esclareceu depois que a sua declaração era mais “uma brincadeira” do que um comunicado de imprensa oficial.
As críticas seguiram e a mídia britânica também deu suas opiniões “salgadas” sobre a sugestão da professora. “A professora Francl insistiu que suas descobertas eram sólidas, apesar de vir de um país onde o chá fica em segundo plano em relação ao café – e geralmente é servido gelado”, escreveu o Daily Mail, por exemplo.
O livro, publicado depois de três anos de pesquisa, explora os mais de 100 compostos químicos encontrados no chá e dá dicas sobre como preparar uma xícara melhor, de acordo com a CNN.
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