A rede social X (ex-Twitter), comprada pelo bilionário Elon Musk, anunciou a construção de um escritório dedicado exclusivamente a moderação de conteúdo em Austin, no Texas (EUA).
O trabalho do “Centro de Excelência para a Segurança” visa o combate a conteúdos relacionados a abusos sexuais de menores de 18 anos, que preocupa os políticos dos Estados Unidos.
O objetivo será recrutar cerca de 100 moderadores de conteúdo focados principalmente na moderação desse tipo de mensagem, assim como em outras violações das regras da plataforma.
“O X não tem uma linha de negócios centrada em crianças, mas é importante que façamos esses investimentos para impedir que criminosos usem nossa plataforma para qualquer distribuição ou envolvimento com conteúdo de exploração sexual de menores”, explicou à Joe Benarroch, diretor de operações do X.
A empresa de Elon Musk emitiu na sexta-feira (26) um comunicado reafirmando o compromisso de “tornar o X hostil aos atores que buscam explorar menores (de idade)”.
Benarroch também reiterou que menores de 13 anos não podem abrir uma conta na rede social.
Adolescentes estarão sujeitos a regras de privacidade de dados mais rígidas e não serão alvo de publicidade.
Pressão aumenta
O anúncio do X ocorre antes da audiência no Senado dos EUA que vai debater “As gigantes tecnológicas e a crise de abuso sexual a menores na internet”, agenda para a proxima na quarta-feira (31).
Em dezembro de 2023, a União Europeia abriu uma investigação formal contra o X por supostas violações das novas regras sobre moderação de conteúdo e transparência do bloco, como o número insuficiente de moderadores e o sistema de denúncia ineficaz para mensagens ilegais.
Musk comprou o Twitter, em outubro de 2022, com a promessa de restaurar a “liberdade de expressão” na plataforma.
Muitas regras que estavam em vigor no antigo Twitter foram removidas ou flexibilizadas, e muitas personalidades que haviam sido banidas conseguiram reativar suas contas.
É o caso do rapper Kanye West, que foi excluído por violar normas da plataforma ao publicar conteúdo anti semita em 2022, e retornou ao X em agosto de 2023.
*Com informações da AFP
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