O Ministério da Saúde do Hamas, grupo terrorista que governa a Faixa de Gaza, afirmou que pelo menos 50 civis morreram em um ataque israelense a um campo de refugiados nesta terça-feira (31). Militares israelenses confirmaram a autoria dos bombardeios. Segundo eles, um alto comandante do Hamas e um dos líderes do ataque contra Israel, em 7 de outubro, morreu no ataque.
O grupo palestino informou que o número de mortes pode ser ainda maior. Segundo eles, os bombardeios atingiram ao menos 20 edifícios do acampamento de Jabalia. Vídeos que circulam as redes sociais mostram dezenas de sobrevivente observando a destruição, enquanto outros procuram por feridos.
Em um comunicado, as Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram que muitos integrantes do Hamas foram atingidos no bombardeio: “Caças das FDI mataram Ibrahim Biari, o comandante do Batalhão Central Jabalia, do Hamas. Biari foi um dos líderes responsáveis por enviar agentes terroristas a Israel para o ataque em 7 de outubro. Numerosos terroristas do Hamas foram atingidos”.
As autoridades israelenses ainda confirmaram ter realizado um ataque em grande escala contra terroristas e infraestruturas do grupo pertencentes ao Batalhão Central Jabalia. Segundo Israel, integrantes do Hamas controlavam os prédios onde moravam civis. Além da morte de “numerosos” terroristas, as FDI dizem que os bombardeios colapsaram a infraestrutura subterrânea que eles utilizavam.
Hamas acusa Israel de atacar “civis, crianças e mulheres”
O Hamas nega as informações divulgadas por Israel. O porta-voz do grupo, Hazem Qassem, acusou Israel de tentar justificar o que descreveu como um “crime hediondo contra civis, crianças e mulheres que estavam seguras no campo de Jabalia”.
De acordo com as Nações Unidas (ONU), o local é o maior dos oito campos de refugiados da Faixa de Gaza.
Nesta terça-feira, o Ministério da Saúde do Hamas afirmou que 8.525 palestinos já morreram na Faixa de Gaza, desde o início do conflito em 7 de outubro.
*Com informações da AFP
