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Líder indígena aborda sabedoria ancestral e plantas medicinais no Jardim Botânico

Roda de conversa no domingo (20) será conduzida por Wiyahu Yawanawá, pertencente ao povo Yawanawá, do Acre

Líder indígena Wiyahu Yawanawá estará no Jardim Botânico neste domingo (20)

O líder indígena Wiyahu Yawanawá, pertencente ao povo Yawanawá, do Acre, vai conduzir a roda de conversa “Raízes que Curam: sabedoria ancestral e plantas medicinais” em Juiz de Fora.

A atividade neste domingo (20) no Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), às 13h30, é aberta ao público e sem necessidade de inscrição.

Durante a roda, questões atuais, como as mudanças climáticas, serão abordadas a partir do compartilhamento da cultura dos Yawanawá, suas músicas, história e medicina ancestral.

De acordo com a UFJF, Wiyahu, cujo nome em português é Felipe Luiz, é um símbolo de resistência dos povos originários. É um feitor das medicinas naturais, como o Uni (ayahuasca), o Rume (rapé) e a Sananga (colírio), essenciais para a manutenção das tradições da floresta e da cultura Yawanawá.

Com um conhecimento construído a partir das memórias sobreviventes e da sabedoria do seu povo, ele carrega um saber único, que compartilha nos encontros em diversos estados brasileiros e pelo mundo.

O indigenista Ronan Siqueira, integrante do projeto de extensão apoiador do evento: “Sociobiodiversidade: explorando recursos vegetais do Jardim Botânico”, reitera o significado desta oportunidade de aprender com o líder indígena Wiyahu Yawanawá.

“Com essa visão tão abrangente e vivenciada de sua cultura, Wiyahu tem um conhecimento que não está escrito em livros. Ele é a conexão vital entre os anciãos, detentores de uma sabedoria ancestral inestimável, e a nova geração Yawanawá”,

Intercâmbio de visões de mundo

Coordenada pelo professor Daniel Pimenta, do Instituto de Ciências Biológicas, a roda de conversa é um intercâmbio cultural entre o conhecimento acadêmico e os saberes tradicionais dos povos indígenas.

As reflexões serão apresentadas por meio de alguém que carrega legitimidade e representatividade para tratar das questões.

Desse modo, contribui para ampliar o conhecimento local sobre a riqueza da cultura indígena, além de reforçar o papel da Universidade como espaço de educação, cultura e diálogo entre diferentes visões de mundo. E ainda inspirar novas pesquisas e projetos com abordagens inclusivas e atentas aos saberes tradicionais, principalmente no âmbito da etnobotânica.

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Natural de Juiz de Fora, jornalista com graduação e mestrado pela Faculdade de Comunicação da UFJF. Experiência anterior em Rádio, TV e Internet. Gosta de esporte, filmes e livros. Editora Web em Juiz de Fora desde 2023.