O Dia do Empreendedorismo Feminino é celebrado nesta quarta (19). A data reforça a importância da participação das mulheres na economia e na inovação.
Dados do SEBRAE indicam que, em Juiz de Fora, dos 58.820 microempreendedores individuais registrados na Receita Federal, 27.163 são mulheres. Em âmbito nacional, em 2024, o Brasil registrou 10,35 milhões de mulheres empreendedoras, um recorde histórico.
E, nesse caminho, são muitos os desafios para quem deseja empreender. Docente do SENAC em Juiz de Fora, Scheilla de Freitas dá dicas para que mulheres possam lidar melhor com esses desafios.
“Defina o público alvo, tenha um planejamento financeiro. Participe de eventos, palestras, grupos de estudos e comunidades locais. Essas conexões abrem portas importantes. E não se esqueça da qualificação”, orienta.
Scheilla ainda ressalta que a influência feminina no mercado tem aumentado “as mulheres estão redesenhando o conceito de sucesso e mostrando que é possível empreender com impacto e inovação”.
“Apenas comecem. Vocês vão aprender durante o processo”
Para Giselly Moreira, de 37 anos, o desejo de empreender surgiu da vontade de passar mais tempo com a família. Graduada em Administração, dividiu a atuação de três anos na área enquanto, aos finais de semana, trabalhava com maquiagem. A experiência dessa segunda função a levou a estudar Estética. Hoje ela lidera a Clínica Lumina, que atende em três endereços na cidade.
Giselly Moreira
Para ela, apesar dos desafios, a chave para o sucesso é que mulheres se cuidem e acreditem em si mesmas. “Nós unimos a competência, a tecnologia e o acolhimento. Com um acompanhamento semanal para que cada uma das pessoas se sintam realmente transformadas de dentro para fora”.
Giselly ainda deixa uma mensagem as mulheres empreendedoras “Vale apena, não se sintam inseguras apenas comecem, vocês vão aprender durante o processo”.
“Empreender é existir com mais liberdade”
Idealizadora do grupo Empreendelas, um dos muitos coletivos femininos de Juiz de Fora, Thalita Rianni, acredita na força do trabalho coletivo.
“Movimentos que apoiam mulheres fazem com que elas não desistam. Eles são espaço de visibilidade, abrem portas e criam oportunidades”, considera.
Ao falar sobre resultados, Thalita aponta um campo amplo “Elas aumentam faturamento exponencialmente, recuperam a autoestima, saem de relacionamentos abusivos, fazem parcerias. Quando uma mulher mudar por dentro, o negócio dela muda por fora”, comemora.
Confira a íntegra da entrevista de Thalita Rianni com a jornalista Désia Souza, no quadro Itatiaia Entrevista.