A rápida transferência de um bebê recém-nascido foi viabilizada pela parceria entre o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Sudeste (Samu/Cisdeste) e a Polícia Militar (PMMG) no fim de semana entre cidades da Zona da Mata.
De acordo com a Coordenadora de Regulação das Urgências do Samu/Cisdeste, Ully Carraca, no domingo (6), a equipe do hospital de Pirapetinga entrou em contato informando que uma gestante de 20 anos e 35 semanas e dois dias de gravidez deu entrada com sintomas de eclampsia. Diante do risco para mãe e bebê, foi feita uma cesariana. A partir daí, a prioridade foi garantir o atendimento ao recém-nascido.
“Prematuro, de 1,9kg de peso, um Apgar 4, que é uma pontuação baixa na nossa escala, e esse recém-nascido precisava de cuidados num hospital de alto risco. Dessa forma, eles acionaram o Samu e deram início ao processo de transferência da paciente. No entanto, o município de Pirapitinga fica a uma distância considerável da referência do alto risco, que é o Hospital João Penido, em Juiz de Fora, são 172 quilômetros”.
Geralmente o helicóptero dos Bombeiros ajuda nestes casos, mas ele estava mobilizado em um atendimento. Quem entrou em ação para ajudar foi a Polícia Militar de Minas Gerais, como conta Ully Carraca.
“Dessa forma, o SAMU atuou em parceria com a PM de Belo Horizonte, solicitou apoio aeromédico, fomos prontamente atendidos. A nossa ambulância de suporte avançado que fica baseada em Leopoldina, buscou o recém-nascido no hospital, fez a estabilização inicial e levou ao ponto de pouso combinado com a PM, diminuindo muito o tempo de transporte e o prejuízo ao bebê. A aeronave foi tripulada pelos nossos médico e enfermeiro, e esse recém-nascido, graças a Deus e ao empenho de toda a equipe, chegou bem no hospital e foi recebido pela equipe de referência”.
A Coordenadora de Regulação das Urgências do Samu/Cisdeste, Ully Carraca, explica porque não é recomendado o transporte terrestre em casos de recém-nascidos e reforça a importância do trabalho em equipe das diferentes instituições para o transporte aeromédico.
“O recém-nascido sofre muito com esses transportes longos terrestres. O barulho excessivo, as vibrações, felizmente a condição das estradas também prejudica esse transporte, a alteração de temperatura. Então, sempre que possível, a gente deve evitar os transportes longos com esse recém-nascido. Por isso foi opção da nossa regulação é acionar o transporte aéreo. A gente precisa ressaltar o trabalho em equipe e a mobilização de vários profissionais para que esse recém-nascido chegasse bem ao local de referência. Nossa central de regulação médica, os nossos médicos reguladores, a equipe de rádio operadores, a equipe do Hospital de Pirapitinga, o apoio da PM. A gente fica feliz quando todos esses elos se unem para garantir um transporte eficaz e a melhora do prognóstico desse paciente”.