A Comissão da Pessoa Idosa da Câmara Municipal de Juiz de Fora (CMJF) discutiu sobre a implantação de uma ouvidoria especial no município.
A unidade está prevista na Lei nº 14.723, sancionada em 2023. A reunião contou com a presença do presidente da comissão, Julinho Rossignoli (PP), os membros Juraci Scheffer (PT) e Letícia Delgado (PT), além de participantes do colegiado.
A criação de espaços dedicados ao acolhimento e à proteção de pessoas idosas é essencial em um país que conta com uma população significativa dessa faixa etária. Em Juiz de Fora, há mais de 100 mil pessoas com 60 anos ou mais, e há necessidade de serviços públicos voltados para esse público.
Esses espaços pretendem oferecer apoio, mas e servir como pontos de referência para denúncias de abusos e maus-tratos. Diante dessas necessidades, a criação de um serviço que receba demandas e ajude a punir agressões contra idosos é uma medida necessária para garantir os direitos e segurança dos idosos.
Criação da ouvidoria dos idosos em JF
Em entrevista à Itatiaia, o assistente social e gerontólogo, José Anísio Pitico da Silva, Pitico, vê que a criação de uma ouvidoria para acolher demandas de idosos é essencial, com a necessidade de um espaço público bem divulgado para atender às especificidades do envelhecimento. “A comunicação e o atendimento precisam ser diferenciados, já que os idosos enfrentam alterações sensoriais e cognitivas. No entanto, apesar de leis como o Estatuto da Pessoa Idosa existirem há anos, o grande desafio é fazer com que se tornem efetivas na prática. A comissão busca estabelecer um diálogo com o Executivo para viabilizar essa estrutura.”
A aplicabilidade das leis voltadas para a população idosa em Juiz de Fora depende da participação dos próprios cidadãos. De acordo com Pitico, “é fundamental que os idosos acompanhem, cobrem e exijam os direitos, participando de espaços como o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa, a Câmara Sênior e a Comissão Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa. Não dá para ver a banda passar, a gente tem que participar da banda”, finaliza.
Ouça a entrevista
