Que a bancada do PL será a maior da Câmara dos Deputados no ano que vem é um fato, a dúvida é se todos os parlamentares do partido de Jair Bolsonaro votarão sempre contra os projetos de Lula (PT). O Abrindo o Jogo está ouvindo os deputados federais novatos eleitos por Minas Gerais e o entrevistado desta segunda-feira (19) é Samuel Viana, que é advogado previdenciário e filho do senador Carlos Viana, também do PL. Ele afirma ser contrário a pedidos de intervenção militar e diz que acredita nas urnas eletrônicas. Samuel afirma que será oposição a Lula, mas estará aberto ao diálogo e quer que o governo dê certo.
“Para começar uma boa posição a gente tinha que olhar por onde nós erramos. Até mesmo para a gente poder dar um respaldo e uma segurança maior, não só para o país, que está cobrando isso da oposição, mas para poder dar um respaldo para esses 58 milhões de eleitores. Muitos que estão desesperados com medo, querendo saber se vai ter intervenção, se não vai ter, querendo saber se o Lula vai assumir ou não. Então, faz parte da liderança falar.... gente o caminho certo é esse ou não”, disse o deputado eleito.
As principais bandeiras do deputado serão o municipalismo, a agropecuária e a previdência. A impressão que o deputado federal eleito tem é que nas longas filas por perícia do INSS o critério para negar benefícios seja economia na pasta e não a real necessidade dos usuários.
“Eu tenho a impressão que quando se fala em corte por conta de crise econômica ou de necessidade financeira, esse vira o principal ponto de corte de benefício e não, de fato, se tem uma incapacidade ou se tem um problema. Pergunta qualquer pessoa que precisou do INSS, se ela se sentiu bem atendida ou sentiu que existe essa parte mais humanizada. Não tem. Virou algo burocrático”, disse.
A entrevista completa com Samuel Viana (PL) você ouve no Abrindo o Jogo. No podcast, ele avalia que as reformas da previdência e trabalhista foram boas, mas podem ser modernizadas em alguns pontos; defende privatizações, mas não de bancos públicos e Petrobras; defende o teto de gastos e a firma que é a favor de emendas do relator, que foi apelidada de orçamento secreto, mas desde que haja transparência, que deixem publicas as informações de quem indicou e para onde foram os recursos.
