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Abrindo o Jogo: integrante da equipe de transição de Lula afirma que combate à fome é prioridade

Deputado estadual André Quintão (PT) afirma que não se arrepende de ter sido candidato a vice de Kalil

Quintão disse que Zema não vai conseguir impor novo presidente da casa

A primeira parte dos relatórios dos grupos temáticos das equipes de transição do Governo Lula deve ser entregues à coordenação geral já a partir desta semana. Isso inclui a primeira fase do diagnóstico sobre assistência social, grupo do qual o deputado estadual André Quintão (PT-MG) faz parte.

Para construir um palanque para Luiz Inácio Lula da Silva em Minas e apresentar um projeto do partido para o Estado, o petista foi candidato à vice na chapa de Alexandre Kalil (PSD). Perdeu a eleição e o mandato de deputado, mas disse, em entrevista ao Abrindo o Jogo, não se arrepender.

Prioridade

André Quintão afirma que até então a gestão atua do governo federal tem cooperado com o fornecimento de dados da área social e reforça que a prioridade do governo eleito é o combate à fome.

Ministério

Apesar de a senadora Simone Tebet (MDB) coordenar o grupo de assistência social, segundo Quintão os nomes dos ministros, não necessariamente tem a ver com os comandos das equipes de transição.

RRF em Minas e Codemig

O deputado, líder da oposição na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), afirma que a votação do regime de recuperação fiscal está descartada e que para votar o orçamento do ano que vem o governo precisa tirar o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) de urgência.

“O governo precisa de ter um orçamento votado, os poderes precisam de ter um orçamento votado. Eventualmente, o governo pode ter outros projetos que ele tem interesse. Eu chamo a atenção aqui para prorrogação do Fundo de Erradicação da Miséria. Se não for votado este ano, o governo vai deixar de arrecadar de R$700 a R$800 milhões para combate à pobreza em Minas Gerais”, disse.

“Votar regime de recuperação fiscal? Em nenhuma hipótese. Nós temos uma outra visão de construção federativa, ainda mais agora com o presidente Lula. A privatização no apagar das luzes do mandato da Codemig? Difícil. Isso não vai avançar”

Sobre a presidência da Assembleia Legislativa, o deputado diz que nunca viu o governo conseguir impor implantar um nome para a presidência da casa sem que os deputados concordaram.

“Eu nunca um nome imposto pelo Governo para o conjunto dos deputados e deputadas. Quando qualquer governo quer fazer assim, ele se dá mal. A Assembleia preza muito a sua autonomia e você não pode ter presidindo a assembleia uma espécie de subsecretário do secretário de governo.”

Câmara descartada

André Quintão completa no fim do ano seu quinto mandato como deputado estadual em Minas.
Ele também foi duas vezes vereador em BH e secretário de Assistência Social no Estado e na capital. Segundo ele, a decisão sobre o próprio futuro político só deve ser tomada no ano que vem, mas sobre disputa de cargo eletivo, a Câmara Municipal em 2024 está descartada.

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