Em vídeo exibido durante a Cerimônia de Encerramento da Olimpíada de Paris, neste domingo (11), a organização do evento não mostrou as imagens da polêmica envolvendo o quadro A Última Ceia, de Leonardo Da Vinci, na Abertura dos Jogos, realizada no dia 26 de julho.
Durante o evento, um clipe oficial mostrou imagens de episódios marcantes da Olimpíada de Paris. A polêmica apresentação da abertura foi ignorada.
Na ocasião, drag queens e pessoas fantasiadas com roupas chamativas realizaram poses que foram apontadas como alusões a certas representações da Última Ceia. De acordo com a doutrina cristã, essa foi a última refeição de Jesus Cristo com os apóstolos antes de sua crucificação.
Cerimonialista e responsável pelo evento, Thomas Jolly negou em entrevista ao canal francês BFM que a apresentação tenha sido uma paródia à Última Ceia e argumentou que “a ideia era fazer uma grande festa pagã ligada aos deuses do Olimpo”.
No último domingo (4), líderes religiosos reuniram-se com Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), e Tony Estanguet, presidente de Paris 2024. O encontro ocorreu na Catedral de Notre-Dame e serviu para que os líderes realizassem protestos contra a apresentação na Cerimônia de Abertura.
Em entrevista coletiva, Anne Deschamps, porta-voz dos Jogos Olímpicos de Paris, pediu desculpas e garantiu que o objetivo não era ofender a comunidade católica.
"É evidente que nunca houve qualquer intenção de desrespeitar qualquer grupo religioso. [A cerimónia de abertura] tinha como objetivo celebrar a tolerância comunitária”, argumentou.