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Paris 2024: afegã é desclassificada do breaking dance por mensagem política

Manizha Talash disputou competição com a equipe de refugiados

A afegã Manizha Talash, integrande da equipe de refugiados nos Jogos Olímpicos de Paris, foi desclassificada da competição de breaking. Segundo a Federação Internacional de Dança Esportiva, ela foi punida por exibir uma mensagem com a frase “free Afghan women” (“mulheres afegãs livres”, em tradução livre).

Segundo a federação, Talash “violou a regra 50 da Carta Olímpica”, que impede os atletas de expressar opiniões políticas nos Jogos Olímpicos. A competição ocorreu na sexta-feira (9).

Na primeira batalha desta sexta-feira, a jovem de 21 anos enfrentou a holandesa India depois de ter entrado no palco uma capa azul com a mensagem. Manizha foi derrotada logo na estreia do torneio.

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Nascida em Kabul, cidade que está sob o regime dos talibãs desde 2021, Talash deixou seu país para se refugiar na Espanha com seus dois irmãos.

“Não fui embora do Afeganistão porque tive medo dos talibãs ou porque não podia viver lá. Fui embora para fazer o possível pelas meninas afegãs, pela minha vida e pelo meu futuro”, declarou a B-girl.

Manizha Talash descobriu o breaking na internet quando tinha 18 anos e participou dos Jogos de Paris pela cota de universalidade, na primeira participação da modalidade no quadro olímpico.

A japonesa Ami, de 25 anos, se tornou a primeira campeã olímpica do breaking.

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Leonardo Parrela é repórter multimídia na área de esportes na Itatiaia. É formado em Jornalismo pela PUC Minas. Antes da Itatiaia, colaborou com Globo Esporte, UOL Esporte e Hoje Em Dia, onde cobriu Copa do Mundo, Olimpíada e grandes eventos.
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