Campanha abaixo do esperado, falta de eficiência no saque e pouco tempo de comando para Bernardinho. Após a eliminação para os Estados Unidos, na tarde desta segunda-feira (5), pelas quartas de final, o oposto Alan citou esses motivos para explicar a derrota por 3 sets a 1, em Paris, e o consequente adeus à disputa olímpica.
Em entrevista à Itatiaia, Alan ressaltou o domínio norte-americano durante grande parte da partida e destacou a dificuldade do time de Bernardinho em quebrar a linha de passe do adversário. As parciais foram: 24/26, 30/28, 19/25 e 19/25.
“A gente não conseguiu sacar bem e, com o passe na mão, os Estados Unidos têm uma rodagem de bola muito alta. Falhamos um pouco no saque, faltou constância. Não tivemos o volume de jogo que deveríamos ter, e eles jogaram bem. Eles começaram mal no primeiro set, conseguiram recuperar e, depois disso, foi difícil criar uma estratégia para pará-los”, afirmou.
Segundo o oposto, apesar de ter caído no “grupo da morte” na primeira fase, o Brasil decepcionou na capital francesa.
“A campanha não foi como a gente esperava. Caímos no grupo da morte e tivemos dois times cotados para ser campeão. Demos o nosso máximo e ganhamos do Egito, que era a nossa obrigação. Hoje, infelizmente, não conseguimos botar o nosso melhor dentro de quadra e, com isso, os Estados Unidos saíram vitoriosos”, completou.
Retorno de Bernardinho
Por fim, Alan relembrou a mudança no comando técnico pela saída de Renan dal Zotto e com a chegada de Bernardinho. Na visão do experiente jogador, faltou tempo de adaptação do elenco à metodologia do treinador.
“Não foi tempo suficiente, claro que não. O Bernardinho é um cara de alto escalão, a gente sabe disso, mas não é de uma hora para outra que a presença dele vai fazer o time mudar. Então, com certeza, precisaria de mais tempo para ele organizar pequenos pontos. Nesse nível que a gente joga, são pequenos detalhes. E esses detalhes não são de um dia para o outro para consertar. Se ele tivesse mais tempo, com certeza estaríamos melhor”, encerrou.