Enviado especial a Paris — Um dos maiores jogadores da história do vôlei, Giba acompanhou de perto a derrota do Brasil para a Itália, neste sábado (27), pela primeira rodada do Grupo B dos Jogos Olímpicos. Após o duelo, o ex-jogador analisou o vôlei internacional. Para ele, as outras seleções foram obrigadas pelo próprio Brasil a mudar o estilo de jogo.
Ainda como ponteiro, ele fez parte da transformação do esporte em um jogo mais rápido. O time comandado por Bernardinho, campeão mundial em 2002 olímpico em Atenas, além de outras conquistas, foi o primeiro a acelerar o jogo em um nível mais alto no cenário internacional.
“Os outros times passaram a copiar a gente (time do início do século). Passaram a jogar rápido. Nunca vi a Rússia jogar rápido, os Estados Unidos estão jogando rápido. Eles viram que, se não passassem a jogar assim, ficariam para trás”, disse.
Aquele time histórico do Brasil também passou a utilizar com mais frequência a bola do fundo pelo meio, o que não era tão usual. O estilo de jogo tinha o levantador Ricardinho como peça fundamental.
Giba acompanha essa mudança de perto nos últimos anos. Ele é embaixador da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) e vai pessoalmente a vários eventos pelo mundo.
“O equilíbrio está muito grande. Com a forma de classificação pelo ranking, você tem os 11 melhores times do mundo que estão aqui. Acho que essa vai ser a olimpíada do equilíbrio. Todo mundo me pergunta quem vai ganhar. Eu acho que tem seis times que podem ganhar” completou.
Giba encerrou a carreira com três medalhas olímpicas. Além do outro em Atenas, ele conquistou duas pratas (Pequim e Londres).