Ex-piloto da
Ao falar do caso ocorrido no GP de Cingapura, em 2008, Massa ressaltou que segue em busca do reconhecimento do Mundial de Pilotos e afirma que o fato “foi uma manipulação terrível”. (Entenda o caso no fim da matéria).
“Posso dizer com tranquilidade que ganhei o Mundial (de Pilotos). O que aconteceu é inaceitável para a F1, uma manipulação terrível que não tem nada a ver com o esporte. Sim, um piloto provocou um acidente para que seu companheiro de equipe vencesse a corrida. Todo mundo sabia e poderiam ter investigado, mas não o fizeram. A responsabilidade política recai sobre todos os chefes da época, mas eles não quiseram fazer nada. Sabe? Lutarei até o fim para que isso não volte a acontecer. Fui o principal prejudicado. Isso não é esporte”, disse o ex-piloto da Ferrari.
Fórmula 1: com Hamilton, Ferrari revela e testa carro para temporada 2025 FIA propõe mudança para o GP de Mônaco de Fórmula 1; entenda
Críticas a Fernando Alonso
Adiante, Massa falou da relação dele com Alonso. O brasileiro e o espanhol foram companheiros de equipe na Ferrari, entre 2010 e 2013. Felipe elogiou a habilidade do ex-companheiro, mas não poupou críticas a Fernando sobre a polêmica de 2008.
“(O Alonso é um) Piloto incrível. Um dos maiores fenômenos da Fórmula 1, sem dúvidas. Isso não apaga o que penso a respeito do ocorrido em 2008. Ele não se comportou bem. Nunca falou sobre o tema, o que é uma pena porque sua grandeza como piloto não corresponde em como atuou no caso. Dizia que não sabia de nada, escondeu tudo. Isso não é aceitável. Podia ter sido mais honesto e contar a verdade”, iniciou.
Felipe afirma ter “trabalhado bem” com Alonso na escuderia italiana, mas detonou a personalidade do antigo companheiro de time.
“Jamais tive problema com Alonso. Trabalhei muito bem com ele, mas ele sempre teve duas caras, duas personalidades. Uma coisa era o que mostrava, outra coisa era o que fazia. Estava pensando somente nele. Era seu modus operandi”, detonou.
Entenda o que foi o “Singapuragate”
O “Singapuragate” se trata da batida proposital causada por Nelsinho Piquet, e confirmada pelo próprio, durante o Grande Prêmio de Cingapura, em 2008. O objetivo do acidente era favorecer a corrida de Fernando Alonso, então companheiro de equipe de Piquet.
Após a batida, o safety car foi acionado. Alonso não foi chamado para os boxes, pois havia feito a troca de pneus e reabastecimento na volta anterior. Com isso, o espanhol assumiu a liderança da corrida e acabou por vencê-la. Para o azar de Felipe, que havia sido chamado pela Ferrari para realizar uma parada de reabastecimento e troca de pneus, uma mangueira de combustível ficou presa no carro. Isso forçou o abandono do brasileiro da prova.
No fim da temporada, os pontos fizeram falta a Felipe. Lewis Hamilton conquistou o título com um ponto de vantagem para o brasileiro em pleno Circuito de Interlagos, no Brasil.
Em 2009, Nelsinho confirmou participação e colaborou com a investigação do caso, feita pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Piquet Jr. apontou que chefes da equipe Renault, escuderia pela qual ele e Alonso corriam, o obrigaram a realizar a batida. Em troca, Piquet teria seu vínculo com a escuderia renovado.