Demitido do cargo de diretor de futebol do Vasco, na última quinta-feira (21), Alexandre Mattos apontou os motivos que levaram à decisão da SAF vascaína em trocar o comando do departamento.
O dirigente ficou apenas três meses no cargo e chegou com pompas de um dos melhores do futebol brasileiro. Mas, no clube, o trabalho não agradou à alta cúpula vascaína. A decisão da demissão foi do CEO, Lúcio Barbosa.
“O meu equívoco foi a má comunicação na pré-assinatura, foi muito atropelado, tudo muito rápido. Se esclarece antes, eu aceitaria, é assim, não tem como. O que aconteceu é que eu tive que ter a compreensão já com o jogo rolando. E muita pressão, muita expectativa, muita pressão externa. O Ramón está lá e quer ganhar de imediato, e eu ali no meio. As coisas foram andando e gerando esse desgaste”, explicou ao Sportv.
Assim como o seu antecessor, Paulo Bracks, Mattos também reclamou da falta de comunicação entre futebol e a alta cúpula da 777 Partners, detentora de 70% da SAF do Vasco.
“Tenho um diagnóstico próprio. Tenho 20 anos trabalhando em clubes, retrospecto de profissionalismo, sempre durando muito em cada clube, com conquistas e legados. O que tem de diferente? A comunicação da minha chegada. A comunicação foi falha. Qual era a expectativa em relação a mim, como seria o dia a dia, para quem eu me reportaria, quem realmente era a pessoa responsável pela pasta do futebol? Foi confuso”, disparou.
Autonomia para trabalhar
Mattos despistou quando perguntado sobre a falta de autonomia dada pela 777 Partners para o dirigente exercer seu trabalho. Todo processo passa pela empresa norte-americana, principalmente contratações.
“Cada hora que se tem um assunto diferente é um entendimento diferente dessa autonomia. Às vezes eu precisava resolver uma coisa com um atleta, eu precisava entender: uma renovação, penalidade, um “bicho”, eu demorei a entender. O que não tem problema nenhum. Às vezes o próximo não vai sentir isso ", contou.
Eliminado do Campeonato Carioca na semifinal, o Vasco volta a campo entre os dias 13 e 14 de abril, diante do Grêmio, em São Januário, na estreia na Série A do Campeonato Brasileiro.