Os sete suspeitos de participarem do atentado contra o ônibus que levava a delegação
A soltura ocorreu após a Justiça entender que não havia necessidade de colocá-los em prisão preventiva. Os homens estavam presos de forma temporária por 30 dias, e a Polícia Civil pediu prorrogação por mais 30 dias antes de solicitar a preventiva. Duas pessoas ainda não foram encontradas e são consideradas foragidas.
A 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Jaboatão dos Guararapes, ao conceder a liberdade aos sete suspeitos, aplicou algumas medidas cautelares:
- Não se ausentarem da Região Metropolitana do Recife – RMR, por mais de 15 (quinze) dias, sem prévia comunicação à Justiça;
- Comparecimento bimestral em juízo, para atualizar o endereço para onde deverão ser dirigidas as futuras comunicações processuais;
- Afastamento imediato da Torcida Jovem do Leão, estando proibidos de comparecerem ao espaço físico destinado àquela organização, devendo manter distância mínima de 200 (duzentos) metros do Barracão, sede ou subsede, ou de se reunirem com os outros integrantes da agremiação denunciados, em qualquer espaço físico ou virtual, devendo, também, manter, um do outro, a mesma distância mínima obrigatória acima mencionada;
- Impossibilidade de participação nos grupos virtuais, inclusive do WhatsApp, criados e/ou utilizados pela Torcida Jovem do Leão, ou por integrantes desta associação, para debater assuntos específico da agremiação;
- Impossibilidade de comparecimento presencial aos jogos do Sport Club do Recife, seja ele realizado em qualquer Estado da Federação;
- Impossibilidade de contato, por qualquer meio, com as testemunhas destes autos, devendo manter distância mínima de 200 (duzentos) metros.
O descumprimento de quaisquer das condições acima poderá acarretar a revogação do benefício e consequente decretação de prisão preventiva. O Ministério Público Estadual solicitou que fossem colocadas tornozeleiras eletrônicas nos sete suspeitos, para monitoramento do cumprimento das medidas cautelares, e a Justiça ainda analisa.
Nenhum deles, portanto, poderá estar presente no jogo do domingo. Será a primeira vez do Fortaleza no Recife após o ataque sofrido em 21 de fevereiro, após o encontro pela fase de grupos da Copa do Nordeste. Há preocupação com a segurança e nesta quarta-feira (22) haverá uma reunião entre órgãos de segurança de Pernambuco, dirigentes do Sport e do Fortaleza e das Federações de Pernambuco e do Ceará.
“O posicionamento da Polícia Civil de Pernambuco é pela prisão dos indiciados pelos fatos graves que foram cometidos, mas precisamos deixar registrado o nosso respeito pelas decisões do Poder Judiciário. Nós entendemos que as medidas cautelares são importantes também para inibir atividades delituosas ligadas às torcidas organizadas”, disse o gestor do Comando e Operações e Recursos Especiais (CORE) da Polícia Civil de Pernambuco, o delegado Antônio Barros.
Entenda o caso
No dia 21 de fevereiro, após o empate entre Sport e Fortaleza na Arena de Pernambuco, pela Copa do Nordeste,
A Operação Hooligans foi deflagrada no dia 15 de março. Inicialmente, prendeu três suspeitos ligados à Torcida Jovem do Leão, principal organizada do Sport. No dia 20 daquele mês, o quarto suspeito foi encontrado.
A corporação entendeu, após investigações, que o ato foi premeditado. Depois, em 3 de abril,
O Superior Tribunal de Justiça (STJD), após punir o Sport com oito jogos de portões fechados, recuou da decisão. No dia 9 de abril,