Essa trajetória intensa e - já longa - aponta que o treinador de 43 anos chega para viver a sua primeira experiência no Brasil com um estilo de jogo característico.
A seguir, confira capítulos da carreira do treinador escolhido para substituir
Capítulo 1 - A grave lesão
Zubeldía era tido como uma promessa do futebol local. Como meia, inclusive, chegou a participar das Copas do Mundo Sub-17 e Sub-20.
Mas, aos 23 anos, sofreu uma grave lesão no joelho esquerdo, que forçou uma aposentadoria precoce.
Capítulo 2 - O treinador precoce
O argentino, então, começou a estudar, virou auxiliar técnico do Lanús e se transformou em técnico no mesmo time aos 27 anos.
No Lanús, inclusive, Zubeldía virou o treinador mais jovem da história da Liga Argentina, até então.
Capítulo 3 - Rodando o mundo da bola
Do Lanús, Zubeldía foi para o Racing-ARG e depois começou a percorrer o mapa do futebol. Viajou para comandar times em mais quatro países.
Ele esteve no Barcelona de Guayaquil (Equador), LDU (Equador), Santos Laguna (México), Independiente Medellín (Colômbia) e Leganés (Espanha).
No São Paulo, portanto, vive a experiência em um sexto país na carreira de treinador, que, ao começar cedo, já leva 16 anos.
Luis Zubeldía teve passagem de sucesso pela LDU, do Equador
Capítulo 4 - A chegada ao São Paulo com estilo definido
Com uma carreira precoce e intensa, Zubeldía aporta no Tricolor com um estilo de jogo conhecido e consolidado após conquistar os títulos da Copa Sul-Americana e do Campeonato Equatoriano pela LDU, no ano passado.
Sistema preferido
As equipes do treinador argentino costumam atuar no 4-2-3-1, em desenho inicial semelhante ao que Thiago Carpini montou no São Paulo na maior parte da passagem pelo time.
Defesa sólida
A base da equipe de Zubeldía é a construção de uma defesa forte, com um trabalho de marcação impulsionado pela intensidade física.
Saída de jogo e ataque
Na LDU, o argentino mostrou que gosta de uma saída de jogo sustentada, com a primeira linha de quatro em que os atletas estão próximos.
Zubeldía ainda usa como uma alternativa recorrente a inversão de jogo. Começa atacando por um lado e, com movimentação e troca de passes rápidas para frente, conclui o ataque do outro.
Também é comum a inversão direta para o lado oposto, quando o rival pressiona demais na marcação. Buscando a outra ponta do campo, na sua ideia, a tendência é que o sistema rival esteja mais desprotegido.
O treinador argentino também valoriza os papéis do meia e do centroavante. O articulador busca o “camisa 9", que faz o pivô para tabelar, e, em seguida, buscar os lados do campo, ressaltando também o papel dos pontas para dar amplitude e abrir a defesa rival com jogadas individuais.
O um contra um, por sinal, tem papel decisivo no ataque, o que pode favorecer as características de jogadores como Erick e Ferreira.